Índia, uma minúscula missão para uma grande caridade
Federico Piana – Vatican News
Em Karnataka, um estado do sudoeste da Índia, existe um vilarejo onde vive uma das mais pequenas comunidades católicas do mundo, constituída apenas por nove famílias. Quem cuida delas é o padre Arul Dhas, missionário indiano da Congregação da Pequena Obra da Divina Providência, mais conhecida como Obra Don Orione. O sacerdote orgulha-se daquela parte infinitesimal da Igreja que ele mesmo, junto com os seus outros coirmãos, acompanha, estimula e protege: compreende-se pelo tom entusiasta da sua voz também quando diz que "não temos uma estrutura onde celebrar a missa". Celebramos apoiando-nos num convento dirigido pelas Irmãs de Santa Ana".
Vitalidade da ação missionária
No entanto, não falta vitalidade. Poder-se-ia dizer que o número de obras apostólicas é tão grande quanto a pequenez da sua comunidade. Existem iniciativas contra a pobreza, para apoiar os jovens, para ajudar os deficientes. "Também tomamos conta - diz padre Arul Dhas - dos agricultores. Damos a eles cursos sobre como cultivar utilizando as novas tecnologias. E depois não nos esquecemos das mulheres: aqui, o maior problema é o das esposas crianças. Tentamos lutar contra esta situação dramática oferecendo possibilidades de resgate social e cultural".
Em ajuda dos não-católicos
A Igreja local encontra-se a trabalhar especialmente para os não-católicos, uma grande oportunidade para dar testemunho do Evangelho. "Aqui - explica o missionário -, para além das nossas nove famílias, não há católicos. E os cristãos são também muito poucos. A maioria das pessoas que ajudamos é hindu". O objetivo é evangelizar através do exemplo e da caridade, acrescenta padre Arul Dhas: "Desta forma, queremos dizer a estas pessoas: a Igreja cuida de vocês, sem limites. A Igreja ama todos".
A pandemia não bloqueia a solidariedade
A crise sanitária, que também atingiu duramente a Índia, não impediu que a Igreja se aproximasse das feridas e necessidades do povo de Karnataka. O padre Arul Dhas e os seus confrades levaram alimento àqueles que já não tinham mais o que comer: "Quando tudo estava fechado, entregamos mais de duas mil refeições e ajudamos muitas pessoas que tinham caído em depressão. Além disso, nos unimos também aos agentes públicos para apoiar as pessoas que sofrem e que consideramos nossos irmãos". Uma missão muito pequena para uma grande caridade.
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