“Cristo venceu a morte e esta pandemia também irá de vencida”

Domingos Pinto - Lisboa

“Às vezes corremos o risco de pensar que santos e santas são alguns eleitos, algumas eleitas, que fizeram coisas muto extraordinárias. Bem, serão nalguns casos, mas também há esta santidade do pé da porta, como diz o Papa Francisco, a santidade de todos os dias de homens e mulheres que nas mais diversas condições e situações leva por diante aquela vida que Deus nos oferece em Jesus Cristo”.

O alerta é do Cardeal Patriarca de Lisboa na homilia da eucaristia que presidiu domingo, 1 de novembro, na igreja paroquial de Nossa Senhora dos Navegantes, no Parque das Nações, na capital portuguesa.

Uma celebração com transmissão televisiva na solenidade de Todos os Santos, na qual D. Manuel Clemente disse que “a Santidade é o nome de Deus, por excelência o nome de Deus”.

“Nós cristãos não vivemos de fábulas nem de fantasias, e sobretudo temos de ter muito cuidado em fabricar ídolos e fantasiarmos acerca do que Deus seja. Seríamos só nós projetados, mais nada, e uma enorme frustração”, precisou.

Na sua homilia D. Manuel Clemente sublinhou a importância e atualidade das Bem-Aventuranças, como a “Misericórdia”, e “a pobreza espiritual de jesus Cristo” que é “a primeira condição de sermos seus discípulos e aprendermos com ele a sermos filhos de Deus”.

“A partir da santidade de Deus tudo é possível. Cristo venceu a morte e esta pandemia também irá de vencida”, reafirmou D. Manuel Clemente que lembrou aqueles que estão na “primeira linha” e não desistem “de olhar com esta disponibilidade espiritual para responder a partir de Deus ao que vier, e, sobretudo, com a atenção fixada no que for mais frágil, mais pobre e mais carente”.