Ucrânia. Igreja greco-católica lança campanha "Dai de comer aos pobres"
Vatican News
O Sínodo da Igreja greco-católica ucraniana lança a iniciativa “Dai de comer aos pobres” para responder à situação crítica relativa ao fornecimento de alimentos numa Ucrânia extenuada por sete anos de guerra.
A iniciativa – lê-se num comunicado divulgado esta quinta-feira – terá uma prossecução nas comunidades paroquiais e é a aplicação prática da carta sinodal “Só vos resta uma coisa: o que haveis dado aos pobres”, fruto da última reunião do Sínodo dos bispos greco-católicos ucranianos.
Dia Mundial dos Pobres
Na carta, os padres sinodais recordam o Dia Mundial dos Pobres instituído pelo Papa Francisco - que será celebrado este domingo, 15 de novembro - e ressaltam a intenção de “não fechar os corações, mas sim, como o Bom Samaritano, “deter-se diante da miséria humana e curvar-se diante dela”.
Olhando para a situação particular da Ucrânia – segunda maior nação da Europa em área, atrás somente da Rússia –, os bispos recordam que oito em cada dez aposentados vivem abaixo da linha da pobreza, enquanto 25 a 45 por cento dos cidadãos ucranianos não conseguem prover às suas necessidades humanitárias.
Política desastrosa das autoridades
O Sínodo denuncia assim a “longa política desastrosa das autoridades e a incoerência das reformas, que tem como consequência o fato que “a maior parte dos habitantes do país é destinada unicamente à sobrevivência”. Uma situação de crise agravada tanto “pela agressão russa na zona oriental do país” como pela pandemia.
O Sínodo apela portanto aos governantes ucranianos a “tomar medidas decisivas e coerentes para garantir aos seus cidadãos o acesso ao trabalho e a um salário decente”, convidando a uma mudança de abordagem não baseada em subsídios, mas em “métodos de fazer negócios que se concentrem na pessoa humana”.
Ser sempre mais “uma Igreja em saída para servir”
Dirigindo-se em seguida à comunidade greco-católica do país, os bispos lançam este ano a iniciativa “Dai de comer aos pobres”, um “evento de beneficência específico” a ser coordenado pelo Departamento de Serviços Sociais.
Prosseguirá então “em nossas comunidades paroquiais e organizações eclesiais numa base contínua”, querendo ser sempre mais “uma Igreja em saída para servir”. Este, escrevem os membros do Sínodo, é “o nosso programa, o nosso sonho, o nosso guia”.
(com Sir)
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