Guido Schäffer: um jovem que viveu o amor a Deus
Ricardo Gomes – Diocese de Campos
"Enquanto eu caminhava para Jesus ele ia mais à frente e ele corria e tinha um desejo muito grande de mergulhas nas coisas de Deus, de conhecer mais a fundo a Bíblia, de praticar. Ele começou esse trabalho com as Missionárias da Caridade e nesse trabalho com os irmãos de rua e a gente via um gosto muito grande pela Palavra de Deus e um dom para transmitir. Era uma alegria de ter um irmão que a gente gostava muito. Passei a consultar meu irmão para uma oração e um conselho e interessante que era quatro anos mais novo e já percebia esse crescimento nele e quanto mergulha na fé. A gente passou a pedir conselhos a ele, pedir oração nos momentos difíceis. Antes fazia como medico. Ele tinha esse dom e as pessoas percebiam", - Ângela Schäffer Isnard.
Guido Schäffer, um jovem carioca que deixa a juventude o exemplo de uma vida em busca da santidade. Na medicina Guido testemunhava a sua fé. Vivia conforme os valores cristãos da cordialidade, temperança, caridade e justiça, optando pela medicina geral, que era a especialidade que lhe permitia avaliar o paciente de uma forma mais completa e total. Ângela destaca as lembranças do Guido em família.
"As lembranças dele em família desde criança que gostava de praia. Fomos criados em Copacabana e a minha mãe costumava levar a gente à praia na infância para tomar sol, se exercitar e ele gostava muito do mar desde pequeninho e tenho essa lembrança, das brincadeiras ao ar livre e quando costumava passar as férias na casa dos nossos avos em Volta Redonda, tinha um quintal grande e a gente brincava de pique, ele gostava de subir em arvores e coisas bem aventureiras, jogava bola e se a bola caísse no telhado ele subia lá todo prosa pegar a bola e se caísse na casa do vizinho pulava o muro. Era essa figura", conta Ângela.
Um filho muito obediente aos pais
"Meu pai era médico e trabalhava fora e minha mãe dona de casa e para ficar perto dos filhos gostava de nos colocar para dormir. Contava histórias e depois rezava, e Guido foi crescendo ouvindo essas histórias e gostava muito. E isso foi criando nele esse amor as coisas de Deus", Ângela Schäffer Isnard.
Recebeu dos pais a educação católica, desde criança era levado a participar das missas e a mãe contava historias e a pratica da oração. O pai era medico e a mãe dona de casa e foi ela que incutiu no filho a importância da oração.
"Guido cresceu gostando de ouvir o que minha mãe tinha para falar de Deus e ela tinha muito para falar porque ela era dona de casa e se dedicava a igreja, aos trabalhos voluntários. Ela participava do Grupo de Oração Bom Pastor que é uma comunidade na Paróquia Nossa Senhora de Copacabana e esse grupo tinha varias obras de voluntariado e minha mãe era responsável por uma que evangelizava nas escolas públicas. E Guido já pequeno, adolescente e escutava essas historias e eu percebia nele uma acolhida as palavras de minha mãe e confiava no que ela falava sobre a fé e partilhava com os amigos que pegavam onda com ele. Era um ótimo irmão. A gente até tinha alguns desentendimentos normais. Naquele tempo a gente tinha uma televisão e a gente brigava para ver que canal assistiria. A gente conversava muito e partilhava com ele sobre a fé e fui acompanhando e vendo-oele progredindo na fé", conta.
Um jovem com uma espiritualidade muito rica
Ângela revela que Guido tinha uma espiritualidade e isso ajudava a família a amar a Deus e hoje uma alegria desse caminho rumo aos altares. E fala das atitudes e os testemunhos das pessoas que conviveram com ele.
"Percebemos que esse caminhar do Guido foi orientado para Deus e pode inspirar a outros jovens e pessoas de todas as idades a também caminharem na direção de Jesus. E Guido tinha esse grande desejo de amar e servir a Deus e ele concretizou tudo isso em vida. Vê-lo no processo de beatificação e canonização é uma alegria e uma responsabilidade de sermos mais santos. Se Guido conseguiu, podemos encontrar muitos obstáculos para a santidade e pensar que é algo muito longe de nos, mas quando vemos alguém tão próximo e que conseguiu se aproximar desse ideal eu penso que sou chamada a santidade e tenho de fazer alguma coisa. Como ele rezava mais eu sou chamada a rezar e evangelizar", revela a irmã.
"Vejo as pessoas conhecendo sobre a vida dele, invocarem pedindo a intercessão e relatando as graças e isso é muito bonito e toca o nosso coração quando a gente. Gratidão por ter convivido tão de perto com ele e aproveitado e pude assistir a varias pregações dele e saber que ele tinha o dom do Espírito Santo para falar, rezar pelas pessoas e tudo se resume na gratidão e partilhar essa experiência tão rica dele", - Ângela Schäffer Isnard.
Um jovem que viveu a caridade
Ângela recordou alguns fatos que a mãe contava. Muitas vezes chegava a casa sem a camisa ou sapato que teria dado a um pobre. Guido tinha um profundo amor a Eucaristia e a Nossa Senhora.
"Contava-me com brilho no olhar da alegria de ter uma vida transformada. Essa alegria era ouvir esses testemunhos de Jesus e a melhor recordação que tenho dele. Ele tinha muita fé e que Jesus está vivo e as mesmas coisas que fazia no Evangelho ele faz hoje e Guido nunca tinha medo de ir à rua, de rezar por um enfermo, de falar de Jesus e a graça acontecia e isso que me contava é o que me encanta na vida de meu irmão", conclui.
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