Timor Leste: com duas primeiras mortes por Covid-19, arcebispo incentiva vacinação
Lisa Zengarin – Vatican News
A propagação do coronavirus continua a crescer em Timor Leste, enquanto começam a ser registradas as primeiras vítimas. Depois de ter sido poupada da primeira onda, graças às drásticas e oportunas medidas adotadas no ano passado pelas autoridades timorenses, o que se tornou um exemplo virtuoso para a Ásia, a ilha está atualmente lutando com a segunda onda que infectou 1.452 pessoas em 12 municípios e já causou dois óbitos. Uma situação que levou o primeiro-ministro Taur Matan Ruak a reintroduzir o bloqueio no final de março.
Em face da nova emergência, o arcebispo de Dili, Dom Virgilio Do Carmo da Silva, divulgou uma mensagem em vídeo onde exorta os fiéis a respeitarem escrupulosamente os protocolos de saúde e a serem vacinados. O problema, de fato, é que muitos timorenses subestimam o perigo do vírus e não estão dispostos a tomar a vacina.
Na mensagem de vídeo, realizado em colaboração com o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef, Dom Virgílio recorda que “todas as religiões ensinam a tomar precauções para prevenir doenças, salvar vidas e proteger os outros”. Portanto, todos devem fazer a sua parte, atendo-se às medidas de saúde e vacinando-se quando chegar a sua vez, para se proteger a si mesmo, às famílias e à sociedade, disse o prelado.
O arcebispo de Dili foi uma das primeiras personalidades públicas a receber a vacina AstraZeneca junto com o primeiro-ministro Taun Matan Ruak e outros funcionários do governo, após o lançamento da campanha de vacinação em 7 de abril.
O pequeno país asiático recebeu até agora 24.000 doses, 20% por cento delas fornecidas pelo Mecanismo Covax, o programa da Organização Mundial de Saúde para garantir vacinas para os países mais pobres. Destas, 14.000 foram administrados, principalmente a profissionais de saúde e pessoal envolvido em serviços comunitários essenciais, em uma população de 1,3 milhão de habitantes. O objetivo do primeiro-ministro Taur Matan Ruak é ter todos os timorenses vacinados até ao final do ano. Para tanto, pediu a ajuda de outros países para a compra das doses necessárias.
A Igreja no Timor Leste, no entanto, continuando o seu trabalho de sensibilização da população, reiniciando a mobilização para levar assistência material e psicológica às pessoas mais vulneráveis. Uma força-tarefa especial criada no ano passado pela Arquidiocese de Dili está coordenando as ajudas.
A recordar, que a emergência Covid-19 foi acompanhada pelas enchentes causadas pelo Ciclone Seroja que atingiu o país em 4 de abril, junto com algumas províncias da Indonésia.
Vatican News Service - LZ
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