Terra Santa. Bispos sul-africanos rezam pela paz: cesse a espiral de violência
Vatican News
Os bispos da África do Sul, Swatini e Botsuana também rezam pela paz em Gaza e em Israel, há uma semana, cenário de morte e destruição em um conflito que parece jamais ter fim, e com o Papa Francisco lançam um apelo aos líderes políticos dos dois lados para que interrompam a espiral de violência e retornem ao caminho do diálogo.
"Não podemos ficar em silêncio diante da escalada do conflito palestino-israelense com suas feridas e perda de vidas humanas", lê-se numa declaração divulgada segunda-feira (17/05) pela Comissão Justiça e Paz da Conferência dos Bispos da África do Sul (SACBC), que reúne os bispos dos três países do sul da África (África austral).
Encorajamento ao diálogo como caminho para a paz
"Compreendemos as décadas de dor e sofrimento dos palestinos, mas rezamos e encorajamos ao diálogo como caminho para a paz", afirmam os prelados, alertando contra "uma resposta desproporcional à violência" que, dizem eles, "não levará a uma solução sustentável para a crise atual".
Recordando que a nova crise foi desencadeada, entre outras coisas, pela ameaça de despejo forçado de algumas famílias palestinas no subúrbio de Sheikh Jarrah em Jerusalém Oriental, a Conferência episcopal sul-africana reitera que esses despejos "devem cessar".
Bispos sul-africanos reiteram apelo do Papa Francisco
A Igreja sul-africana, portanto, reitera o apelo feito pelo Papa Francisco para que Jerusalém seja "um lugar de encontro e não de confrontos violentos", e convida "todas as pessoas de boa vontade, a rezar por Israel e pela Palestina".
Ao término do Regina Caeli deste domingo (16/05), Francisco voltou a pedir pelo fim da espiral de violência entre israelenses e palestinos, definindo como "inaceitável" a morte de tantas crianças, um sinal, disse o Pontífice, de que "não se quer construir o futuro, mas se quer destruí-lo".
O Santo Padre renovou então seu veemente apelo à calma, pedindo àqueles que têm responsabilidade para tal, que façam "cessar o ribombar das armas e sigam os caminhos da paz, também com a ajuda da comunidade internacional".
Ao menos 212 palestinos já foram mortos em Gaza
De acordo com fontes palestinas, desde o início das hostilidades em 10 de maio, 212 palestinos foram mortos em Gaza, incluindo pelo menos 61 crianças e mais de 1.400 feridos. 10 vítimas de foguetes entre os israelenses, incluindo uma criança e mais 294 feridos.
O conflito eclodiu no contexto de protestos desencadeados pela longa disputa legal entre famílias palestinas e colonos israelenses no Sheikh Jarrah e as restrições impostas pelas autoridades israelenses ao acesso a Jerusalém e à Mesquita al Aqsa durante o Ramadã, o mês sagrado para os muçulmanos.
O "Jerusalém Day" (Dia de Jerusalém), celebrado em 10 de maio para recordar a reunificação de Jerusalém em 1967 e celebrado pelos nacionalistas judeus com uma marcha pelo bairro muçulmano, exacerbou ainda mais os ânimos. As tensões reanimaram os extremistas de ambos os lados.
Vatican News – LZ/RL
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