Sem-teto acolhidos em igrejas da Arquidiocese de Porto Alegre
Silvonei José - Cidade do Vaticano
As baixas temperaturas, especialmente no sul do Brasil, não deixaram indiferente a comunidade solidária, que por meio de diversas iniciativas se uniu para distribuir cobertores e uma refeição quente aos mais necessitados. Mas, por que não um local abrigado das noites gélidas para dormir?
Igrejas da Arquidiocese de Porto Alegre, incluindo a Catedral Metropolitana, abriram suas portas para acolher os sem-teto, que sem uma moradia, ficam mais expostos às intempéries. Eis o que o arcebispo Dom Jaime Spengler falou sobre a iniciativa ao Vatican News:
Nestes dias de julho a região sul do nosso Brasil está sendo atingida por ondas de frio muito fortes. Esta realidade nos desafia na solidariedade. Junto com esta situação de frio temos a realidade do desemprego, da fome que atinge uma multidão de pessoas. Hoje nas ruas de Porto Alegre, nós temos em torno de 4 a 5000 pessoas que fazem da rua a sua casa. Por isso, nesses dias de frio em parceria com o poder público nós decidimos abrir algumas de nossas igrejas ou de nossos espaços para oferecer aos moradores de rua condições melhores para, ao menos, passarem a noite. O abrigo se faz necessário porque o frio é intenso, mas pensamos não só nisso, também há a oferta sim de espaços para higiene pessoal, como também alimentação necessária. Em tempos de frio o corpo humano precisa certamente de muitas calorias e uma refeição mais generosa digamos assim, certamente ajuda e ajuda muito.
O frio está nos fazendo perceber mais uma vez que entre nós existe gente boa demais. São pessoas, são instituições que acreditam, sim, na necessidade de promover o cuidado para com a vida humana e o bem viver em sociedade. Oxalá esse senso de solidariedade que se manifestou também de forma muito vigorosa durante este ano e pouco de pandemia que nos assola se fez presente de uma forma extraordinária.
Nós na Arquidiocese temos registrado mais de mil toneladas de alimentos que foram recolhidos em nossas comunidades, mas também com a parceria, com ajuda de empresas, empresários etc., e que depois foram distribuídas para famílias necessitadas.
O abrir as nossas igrejas os nossos espaços para acolher estes irmãos e irmãs que estão nas ruas, certamente expressa sim a solidariedade da igreja, dos fiéis, para com essas pessoas. Agradecemos às instituições que estão colaborando e, sobretudo, os padres os Presbítero religiosos, religiosas, consagrados que se dispõe também a colaborar nestas noites difíceis que este nosso povo mais pobre experimenta.
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