Diante do aumento no número de contágios, arcebispo de Kuala Lampur convida à oração e à unidade
Vatican News
Registro recorde de contágios por Covid-19 na Malásia: em 15 de julho foram 13 mil, enquanto no total, no país asiático, foram 952 mil e 7.440 óbitos em um único dia, ante uma campanha de vacinação que atingiu menos de 15 por cento da população. Nesta quinta-feira, o país asiático registrava praticamente 3 milhões de contágios e mais de 77.500 mortes.
Diante desta situação, o arcebispo de Kuala Lumpur, Dom Julian Leow Beng Kim, divulgou nos últimos dias uma Carta Pastoral na qual incentiva os fiéis a não perderem a esperança, porque, como afirma o Salmo 22, “ainda que eu atravesse o vale escuro, não temeria nenhum mal, pois estás comigo”.
O prelado diz estar "profundamente preocupado" com "a implacável pandemia de Covid-19 e suas dramáticas consequências" no país, em particular por "seu impacto cruel sobre os pobres e vulneráveis, incluindo as crianças". Esse impacto, escreve Dom Beng Kim, “ultrapassa a esfera econômica, porque afeta o bem-estar social, emocional e psicológico de muitas pessoas, já comprometidas de modo alarmante”.
A tudo isto, soma-se o agravamento da "instabilidade política atual". Devido à pandemia, de fato, a Malásia declarou estado de emergência, com a consequente suspensão do Parlamento federal em benefício do primeiro-ministro Muhyiddin Yassin que, apesar de não ter um mandato eleitoral, fortaleceu seu partido atribuindo postos estratégicos a seus apoiadores.
De momento, o fim do estado de emergência está previsto para 1 de agosto, mas uma sessão extraordinária do Parlamento, agendada para 26 de julho, poderá prorrogá-lo. Enquanto isso, os políticos rivais de Yassin, incluindo o líder da oposição Anwar Ibrahim e o duas vezes primeiro-ministro Mahathir Mohamad, estão esperando por este momento para tentar derrubar a maioria do Executivo. Em vez disso, ressalta o arcebispo de Kuala Lumpur, este “deveria ser o momento de deixar de lado as rivalidades políticas e se unir como malaios para lutar contra a pandemia”.
“Um enorme medo e ansiedade estão arrastando as pessoas para um estado de desamparo e desespero - constata o prelado - também porque este cenário desolador não parece oferecer qualquer resquício de esperança de uma solução a curto prazo”. No entanto, lê-se na Carta Pastoral, “precisamente neste contexto, o que permanece inalterado é que somos um povo enraizado na fé de que Deus está sempre conosco, mesmo nesta tempestade persistente”.
Em seguida, Dom Beng Kim cita “o crescente número de pessoas, Igrejas e organizações que respondem às necessidades das comunidades” como “um verdadeiro sinal de que Deus está conosco e que a humanidade pode e prevalecerá diante das dificuldades e desafios”.
Nestes “tempos difíceis e incertos”, portanto, o convite do bispo é à “oração persistente, que irá nos ancorar na consciência de que não estamos sós”.
Por isso, nos dias 15 e 16 de julho, a Arquidiocese celebrou uma hora de Adoração Eucarística e um Ato de invocação à Virgem Maria para que, com a sua intercessão, o Senhor liberte a Malásia "deste tempo de prova". “Deus tem o poder de mudar nossas vidas - conclui Dom Beng Kim - Rezemos sem cessar”.
Vatican News Service – IP
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