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EUA: vistos especiais para imigrantes do Afeganistão. Bispos aplaudem

“Estamos orgulhosos pela oportunidade de acolher e ajudar essas pessoas que protegeram os americanos no Afeganistão. Trabalhando com os Estados Unidos, cada um desses indivíduos colocou em risco a si mesmos e suas famílias e amigos". Os agradecimentos dos Bispos da Conferência Episcopal dos Estados Unidos pela decisão do Congresso de conceder Visto Especial aos afegãos

Vatican News

Em 29 de julho o Congresso dos Estados Unidos autorizou mais de 8 mil vistos especiais para imigrantes provenientes do Afeganistão. A decisão faz parte da aprovação por unanimidade de uma lei de dotações de emergência, que prevê mais de US$ 1 bilhão para assistência humanitária e faz algumas mudanças para simplificar o processo de aplicação dos vistos especiais (SIV).

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A decisão foi recebida com muita satisfação por parte dos prelados da Conferência Nacional dos Bispos (Usccb) que, em nota assinada pelo seu presidente, Dom José H. Gomez, e por Dom Mario E. Dorsonville, responsável pela Comissão Episcopal para as Migrações, diz: "A Igreja Católica ensina que cada pessoa é criada à imagem e semelhança de Deus e que devemos manter a dignidade intrínseca de cada pessoa". "O Papa Francisco", continuam os prelados, "destacou a acolhida do recém-chegado, dizendo que é um convite para superar nossos medos a fim de encontrar o outro, para acolhê-lo, conhecê-lo e reconhecê-lo.

O Visto Especial

Recorda-se que os Estados Unidos estiveram militarmente envolvidos no Afeganistão desde 2001. "Durante todo este tempo – continuam os Bispos da Conferência americana - os cidadãos afegãos ajudaram as tropas americanas, os diplomatas e o pessoal humanitário do governo no país, fornecendo tradução, interpretação, segurança, transporte e outros serviços vitais, muitas vezes colocando a si mesmos e suas famílias em grande risco”. Em 2006, o Congresso dos EUA autorizou, pela primeira vez, "um programa humanitário aprovado por unanimidade para fornecer vistos especiais de imigrantes a cidadãos do Afeganistão e do Iraque". Estes vistos incluem "serviços de acomodação e residência permanente legal para requerentes autorizados, seus cônjuges e filhos".

Portanto os bispos lembram que "desde a criação deste programa, a Conferência Episcopal norte-americana tem trabalhado com o Departamento de Estado, o Escritório de assentamentos dos Refugiados e outras organizações não governamentais para fornecer serviços de acomodações a alguns dos mais de 73.000 portadores de Vistos Especiais afegãos e suas famílias". Os bispos também apelaram fortemente para "a expansão e melhoria do programa".

Ajudaram os americanos no Afeganistão

E nos últimos dias, de fato, houve progressos: no dia 14 de julho, a Casa Branca anunciou a transferência de emergência para os Estados Unidos dos afegãos que solicitaram o Visto Especial (SIV) e que estão na fase final do procedimento, e em 30 de julho, chegou aos Estados Unidos o primeiro grupo de imigrantes. “Estamos orgulhosos", escrevem os prelados, "de ter a oportunidade de acolher e ajudar essas pessoas que protegeram os americanos no Afeganistão. Trabalhando com os Estados Unidos, cada um desses indivíduos colocou em risco a si mesmos e suas famílias e amigos". Como eles agora deixam tudo para trás para começar uma nova vida aqui", continua a nota dos bispos, "os muitos sacrifícios que eles fizeram não devem passar despercebidos".

"Os bispos americanos, através dos Serviços de Migração e Refugiados e outras organizações caritativas", sublinham os bispos, "são gratos pela oportunidade de trabalhar com o governo e outras ONGs para assegurar a acolhida, transferência segura e assentamento dos que já contribuíram muito para nossa nação". "Aplaudimos o Congresso por ter chegado a um acordo sobre a Lei de Dotação Suplementar de Emergência", concluem os bispos, "para que possamos garantir proteção e acolhida para todos os afegãos que estão em perigo por terem ajudado os Estados Unidos".

 

 

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02 agosto 2021, 09:57