O conflito no país africano já custou a vida de mais de 3.500 pessoas e forçou 700 mil a deixarem suas casas. O conflito no país africano já custou a vida de mais de 3.500 pessoas e forçou 700 mil a deixarem suas casas. 

Camarões: sequestrado Vigário Geral da Diocese de Mamfé

Os sequestradores exigem um resgate de 20 milhões de francos CFA (cerca de 30.489 euros) pela sua libertação, informa pe. Sinju, que pediu aos fiéis que rezassem pela libertação do sacerdote. O conflito nas regiões anglófonas do sudoeste e noroeste da República de Camarões já tem mais de quatro anos, e se intensificou desde que a independência foi simbolicamente declarada pelos separatistas em 1º de outubro de 2017 para as duas áreas, que foram agrupadas em Ambazônia.

No domingo, 29 de agosto, foi sequestrado o Vigário Geral da Diocese de Mamfé, sudoeste de Camarões, uma das duas regiões anglófonas do país onde está em curso uma guerra entre o exército regular e milicianos que reivindicam a independência das duas áreas.

“É com grande tristeza que informo a vocês sobre o sequestro de Dom Agbortoko Agbor no domingo, 29 de agosto”, diz o comunicado da Diocese de Mamfé, assinado pelo chanceler pe. Sébastien Sinju.

“O Vigário Geral passou o fim-de-semana em Kokobuma para a visita pastoral e a inauguração do presbitério da paróquia e acabara de regressar ao Seminário Maior no final da tarde. Meia hora depois, alguns jovens armados, identificados como separatistas, atacaram o Seminário onde mora Dom Francis Teke Lysinge, bispo emérito de Mamfé. Dada a idade avançada do prelado, os separatistas preferiram levar monsenhor Agbor.

 

Os sequestradores exigiram um resgate de 20 milhões de francos CFA (cerca de 30.489 euros) pela sua libertação, informa pe. Sinju, que pediu aos fiéis que rezassem pelo sacerdote.

Monsenhor Agbor não é o primeiro padre sequestrado na Diocese de Mamfé. Em 22 de maio, o diretor de comunicação da diocese, padre Christopher Eboka, havia sido sequestrado por separatistas e libertado 10 dias mais tarde, em 1º de junho.

Nem mesmo os bispos têm sido poupados da onda de sequestros, para fim de resgate. O falecido cardeal Christian Tumi, arcebispo emérito de Douala e principal mediador da crise anglófona, foi sequestrado duas vezes, primeiro entre 5 e 6 de novembro de 2020, depois em 30 de janeiro de 2021.

Dom Michael Miabesue Bibi, então bispo auxiliar de Bamenda (noroeste do país), atualmente bispo de Buea (no sudoeste), foi sequestrado entre os dias 5 e 6 de dezembro de 2018.

Em junho de 2019, o então arcebispo emérito de Bamenda, Dom Cornelius Fontem Esua, também foi sequestrado e, dois meses mais tarde o bispo da Diocese de Kumbo (noroeste),  Dom George Nkuo, teve a mesma sorte.

*Com Agência Fides

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31 agosto 2021, 12:13