Grécia. Oração ecumênica em Lesbos recorda os migrantes afogados no Mediterrâneo
Vatican News
Um pai tentando manter viva sua filha ainda pequena, imagens de crianças carregadas nos ombros ao atravessar rios, cenas dramáticas à beira-mar, cais repletos de imigrantes, famílias rezando depois de perder tudo.
Estas são apenas algumas das fotos desoladoras elevadas pelos refugiados que participaram da oração ecumênica realizada na terça-feira, 17 de agosto, em Mytilene, na ilha grega de Lesbos, promovida pela Comunidade romana de Santo Egídio, junto com Igrejas e organizações locais, como parte do evento "Morrer de Esperança".
O sonho de uma terra prometida no Velho Continente
Uma forma de lembrar, a cada ano, em diferentes lugares da Europa, as mais de 59 mil pessoas afogadas no Mar Mediterrâneo na tentativa de escapar de um destino de violência e desespero, com o sonho de uma terra prometida no Velho Continente.
O evento também faz parte do compromisso da Comunidade romana de Santo Egídio com os refugiados em Lesbos, que envolveu muitos jovens de toda a Europa neste mês de agosto.
Conservar a memória das vítimas do passado e do presente
A cerimônia, programada em colaboração com a arquidiocese ortodoxa de Lesbos e presidida pelo metropolita Iakovos, foi realizada diante da estátua que representa a "mãe da Ásia Menor", Mikrasiatisa Mana, que lembra as mães refugiadas que corajosamente atravessaram as águas para começar uma nova vida depois de deixar suas casas na Ásia Menor, e as muitas vítimas cuja memória está escrita na história e no coração da Grécia moderna.
Foi também dirigido um pensamento a alguns dos desaparecidos, cujos nomes foram lidos. "Queremos manter viva a memória de todas as vítimas do passado e do presente, nas viagens da esperança", declarou o porta-voz da Comunidade de Santo Egídio, Roberto Zuccolini.
Defender a dignidade para permanecer humanos
"Nossa oração hoje é pela nova tragédia no Afeganistão, mas também pelos refugiados em todo o mundo. Rezamos para que estas viagens se transformem da morte para a esperança em um mundo de esperança", continuou Zuccolini.
Um mundo à medida de todos aqueles que compartilham uma dor que, juntamente com a dignidade humana, não tem "nação nem religião", enfatizaram os presentes, lançando um convite a "defender a dignidade para permanecer humanos e manter vivo o coração e o futuro da Europa".
(L’Osservatore Romano)
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