Perdão Celestino 2021: “L'Aquila, centro de justiça e misericórdia pela paz no mundo”
Luca Collodi - Cidade do Vaticano
“Convidei o Papa Francisco para o Perdão Celestino de 2022”: foi o que disse em uma coletiva de imprensa no último final de semana o arcebispo de L'Aquila, cardeal Giuseppe Petrocchi, ao apresentar a mensagem espiritual e o programa religioso do Perdão Celestino, que se realizará em L’Aquila a partir do próximo dia 23 de agosto, com a abertura da Porta Santa na Basílica de Collemaggio: “A nossa cidade tem que ser uma escola, um centro de irradiação da mensagem de paz, para que chegue a todos e possa comover o coração do homem. Logo, esta mensagem de perdão e de paz deve ressoar no mundo inteiro”.
Convite ao Papa Francisco
“Sou porta-voz – disse o cardeal - de uma necessidade intrínseca de toda a comunidade eclesial e social de L'Aquila. Estou certo de que o Papa levará este nosso desejo em seu coração benevolente e paterno. Esperemos que as circunstâncias permitam a realização deste sonho”.
Mensagem do Perdão 2021
“O Perdão Celestino parece-me, cada vez mais, – diz ainda o purpurado- um acontecimento profético, suscitado na história pelo Espírito Santo. O perdão é o instrumento que o Senhor nos oferece, que nos coloca diante de Deus e diante dos outros. O perdão é fundamental para a comunidade, pois, se o perdão não for um fator que neutraliza os espinhos da contraposição entre as pessoas, ocorrem divisões. Porém, há uma dimensão que considero importante e que todos os Papas, nas últimas décadas, deram muita ênfase: o perdão é fundamental como estratégia para construir a paz no mundo, entre os povos, como dizia João Paulo II, porque “não há justiça sem perdão e não há perdão sem justiça”. Por sua vez, o Papa Francisco sempre colocou em evidência que “a misericórdia de Deus renova o mundo e o amor que brota do Evangelho é uma força purificadora das consciências”.”
O gênio de Celestino V
O cardeal-arcebispo de L’Aquila afirma ainda: “O Perdão representa também uma magnífica expressão do gênio pastoral do Papa Celestino V. A sua invenção brota da Sabedoria da Caridade, que desperta, na história, um movimento de renovação evangélica: permite aos homens, comunidades e povos, a se tornar artesãos de uma paz, fundada na colaboração, em vista de um futuro de esperança. Enfim, um tempo que conta, cada vez mais, com a presença de Deus e, por isso, digno do homem”.
Perdão Celestino, primeiro Jubileu da história
A cidade de L’Aquila vive o Perdão Celestino como uma honra, mas também como uma responsabilidade – explica o cardeal: “Trata-se de um patrimônio de talentos evangélicos, que precisamos saber multiplicar. É bom saber também que o primeiro Jubileu, anunciado por Bonifácio VIII, é datado de 1300, enquanto o do Perdão Celestino, data de 1294. Parece evidente que esta condição de filiação, por assim dizer, parece evidente que diz respeito ao Perdão. Não acho que o Jubileu possa ser explicado, na história da Igreja, sem fixar os olhares nas páginas do Perdão e na lição que contém e transmite”.
Reconstrução das igrejas após o terremoto
“Com base nas promessas feitas, mas também nos anúncios publicados, - conclui o cardeal de L’Aquila – temos esperança de que, no próximo ano, sejam inauguradas as obras de reconstrução da Catedral. Uma esperança fundada, porque se baseia em elementos objetivos. A reconstrução das igrejas da diocese de L'Aquila continua mais lentamente que a reconstrução das casas, porque as leis promulgadas nem sempre são adequadas. Nota-se alguns labirintos normativos, que não ajudam na retomada. Corre-se o risco de que aumentem os tempos, os custos e os prejuízos. A expectativa, enfim, é que as leis sejam emanadas segundo as diversas situações e que acompanhem o caminho da retomada, no respeito das regras, mas também com determinação”.
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