Pontes em Amã, um projeto para a inclusão de cristãos iraquianos
Francesca Sabatinelli e Amedeo Lomonaco – Vatican News
A inclusão de cristãos iraquianos requerentes asilo na Jordânia, especialmente na capital, está no coração do projeto Pontes em Amã, inaugurado na sexta-feira (13/08) na presença do Patriarca Latino de Jerusalém dom Pierbattista Pizzaballa. A apresentação também contou com a presença do reitor da Universidade Católica Franco Anelli, Mario Cornioli, presidente da Associação HAbibi VAltiberina e Paolo Favari representando o Centro Médico Gemelli (uma empresa beneficente pertencente à Universidade Católica italiana e ativa na área de serviços sociais e de saúde).
Objetivos do projeto
O projeto inaugurado na sexta-feira é um sistema integrado de serviços médicos e socioeducativos para menores e suas famílias, que oferece - como explicado em um comunicado - cursos de treinamento para professores, conselheiros e famílias iraquianas e jordanianas, além de um serviço de triagem médica e psicológica para menores em dificuldade e a organização de encontros de educação sanitária para mulheres iraquianas e jordanianas. Para a ocasião, dom Pizzaballa abençoou a Casa do Sagrado Coração, um edifício que foi renovado e transformado em um centro multiuso que, a partir de setembro, abrigará as atividades previstas pelo projeto.
Mensagem do cardeal Bassetti
Em uma mensagem, o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Gualtiero Bassetti, lembra a importância do projeto "Pontes em Amã". O próprio nome, escreve o cardeal, especifica o significado das "Pontes" que estão sendo construídas: "Pontos de encontro para a inclusão dos cristãos iraquianos na Jordânia: um sistema integrado de serviços médicos e sócioeducacionais para menores e suas famílias". O evento de hoje", explicou o cardeal, "é também uma oportunidade preciosa para lembrar, agradecer e renovar nosso compromisso". Nos últimos anos, salientou o cardeal Bassetti, aprendemos como é importante "basear nossas ações na cultura de pontes e não de muros". O povo jordaniano demonstrou o calor e o sabor do acolhimento aos refugiados palestinos e iraquianos e aos refugiados de outras áreas de crise, particularmente da vizinha Síria. Uma grande lição de humanidade, especialmente para a Europa".
Outro ponto indicado pelo cardeal Bassetti em sua mensagem é o da inclusão. "Para irmãs e irmãos que fogem de guerras e perseguições, é necessária uma abordagem integral, que saiba "acolher, proteger, promover e integrar". Estes quatro verbos, indicados pelo Papa Francisco, "continuam sendo a bússola para enfrentar o desafio da migração, na Itália e na Europa". O terceiro ponto abordado pelo cardeal está ligado a uma palavra: casa. Quando falamos de casa", lê-se na mensagem do presidente da Conferência Episcopal Italiana, "nossos pensamentos voltam-se imediatamente para os lugares onde crescemos, onde nossos afetos ainda são mantidos". É difícil falar sobre isso com aqueles que são forçados a fugir para lugares mais seguros. Num olhar mais detalhado, porém, a casa não só expressa a questão física, mas também contém as pulsações de um coração que sabe se fazer dom para os outros, sem ganho pessoal. A Casa do Sagrado Coração indica este compromisso preciso: estar perto dos outros, faixar as feridas e tomar cuidado".
Um projeto financiado pela Conferência Episcopal Italiana
"Pontes em Amã", concebido pela Universidade Católica como parte das iniciativas promovidas para celebrar o primeiro centenário de sua fundação, é financiado pelo Serviço de Intervenções Caritativas da Conferência Episcopal Italiana no Terceiro Mundo através dos fundos do Oito por Mil. É apoiado pelo Centro Médico Gemelli e coordenado, em nome do Patriarcado Latino, pela Associação Habibi Valtiberina, que trabalha no Oriente Médio há anos.
A força do testemunho cristão
A ideia nasceu de um pedido de apoio de comunidades locais que vivem em um contexto como o da Jordânia, que está entre os cinco principais países do mundo a receber um grande número de requerentes de asilo de áreas em crise. A vida dos refugiados iraquianos na Jordânia não é isenta de dificuldades e criticidades. Eles são uma minoria sub-representada que não tem acesso ao sistema nacional de saúde ou ao sistema escolar estatal. Todas elas são pessoas que vivem uma situação de grande sofrimento, mesmo conseguindo permanecer testemunhas da fé cristã.
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