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Reflexão para o 25º Domingo do Tempo Comum

Jesus pega uma criança e a acolhe com um abraço, dizendo que quem acolher uma criança, como ele a acolheu, o estará acolhendo e quem o acolher, estará acolhendo o Pai.

Padre Cesar Augusto Santos, SJ – Vatican News

A primeira leitura extraída do Livro da Sabedoria 2, 12.17-20 fala do incômodo que a pessoa justa causa aos injustos, mesmo permanecendo calada. OS inimigos do justo, incomodados com sua presença armam ciladas para que ele caia e sofra. Eles desejam comprovar se, de fato, Deus está ao lado dele, do justo e se   virá salvá-lo como ele afirma. Será que em algumas ocasiões não nos sentimos tão certos e corretos que achamos absurdo alguém honesto discordar de nós? Podemos até provocar situações constrangedoras, não para evidenciar a verdade, mas para afirmar nosso posicionamento como o correto.

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E aí a liturgia nos coloca como Salmo responsorial o Salmo 53(54): “É o Senhor quem sustenta minha vida!”, quando o salmista reafirma sua esperança em que sua prece será atendida pelo Senhor.

Mas será exatamente na segunda leitura, tirada da Carta de Tiago 3, 16-4,3 em que constará os elogios para a Sabedoria.  Diz Tiago que ela é “pura, pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento”. Podemos atribuir esses adjetivos aos justos e aos injustos cabem “as desordens e toda espécie de obras más”. Deles se originam as guerras, as brigas. O justo mantem conduta sem falhas, mesmo em situação desfavorável.

Podemos, também aqui, perceber qual é o espírito que nos guia, que nos orienta, se o bom ou o mau espírito. Nossa presença na família, no trabalho, gera paz ou gera perturbação? Somos pessoas que promovem a união ou a desunião?

Finalmente chegamos ao Evangelho, Marcos 6, 30-37, onde Jesus fala dele mesmo, o Justo, o que sofrerá nas mãos dos homens e seus discípulos estão em outra, discutem qual deles era o mais importante, o maior!

Quantas vezes, também nós, estamos vivendo situação semelhante onde algum membro da família ou pessoa muito querida, seja no trabalho ou não, está vivendo situação limite e os demais, egoisticamente, se preocupando com futilidades. Por exemplo, agora na pandemia, quantas pessoas desempregadas, passando fome, etc e eu ou o meu grupo, preocupado com meus/nossos direitos, quando os direitos básicos de outros, inclusive de crianças, são ignorados em favor do aumento de renda.

Essa reflexão não quer produzir sentimento de culpa em ninguém, apenas nos colocar com os pés no chão e nos fazer perceber que essa situação exposta pela liturgia de hoje, pode ser muito real em nossa vida!

Jesus pega uma criança e a acolhe com um abraço, dizendo que quem acolher uma criança, como ele a acolheu, o estará acolhendo e quem o acolher, estará acolhendo o Pai. O que o Senhor pretende com esse gesto e fala? Ao pegar uma criança, pessoa dependente e necessitada, Jesus ensina que deveremos sempre abraçar o carente, necessitado, injustiçados (se alguém se perguntar que tipo de injustiça aquelas crianças cometeram, basta nos recordarmos que eram afastadas de Jesus, não podiam se aproximar do rabi, pois eram crianças, não pensavam como adultos), pois abraça-las é abraçar Jesus, o enviado do Pai. Não nos fixemos na figura de uma criança, mas no que significa ser criança, qual o significado conceitual de criança como adjetivo? É exatamente esse ser humano que deverá ser abraçado e colocado no centro.

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18 setembro 2021, 08:00