Dom Leonardo recebe o Pálio: sinal de “comunhão com Pedro, com o Santo Padre”
Padre Modino - CELAM
A Catedral Metropolitana de Manaus acolheu neste domingo, 31 de outubro, a entrega do Pálio ao arcebispo metropolitano, Dom Leonardo Ulrich Steiner. Abençoado e enviado pelo Papa Francisco, o Pálio foi entregue pelo núncio no Brasil, dom Giambattista Diquattro.
Segundo lembrou no início da celebração, “o Pálio nos lembra do jugo sagrado de Cristo que é colocado em cada batizado”, afirmando que se trata de “um jugo de amizade e como tal um jugo suave, mas também um jugo exigente, é um jugo que forma para a sua escola, a sua vontade, a sua verdade, o seu amor”.
O Pálio é feito da lã do cordeiro, abençoada na festa de Santa Inês, e nos lembra, segundo dom Giambattista, “o pastor que se tornou um cordeiro por amor a nós”. Se dirigindo a dom Leonardo, o Núncio disse: “recorde que somos sempre chamados a ser pastores do seu rebanho que permanece sempre seu e não se torna nosso”.
Igualmente, o Pálio, lembrou o representante pontifício no Brasil, “torna-se o símbolo da vocação, do chamado de Cristo, o Bom Pastor”. Ele destacou que “o Pálio significa também comunhão com Pedro, com o Santo Padre, o Papa Francisco, e significa ser pastores pela unidade e na unidade”.
Finalmente, disse que “o Pálio também expressa a colegialidade dos bispos, a sinodalidade da Igreja. Ninguém é pastor sozinho, somos pastores na sucessão dos apóstolos, pastores na comunhão da colegialidade, na comunhão diacrónica e sincrónica, no “kairós” da comunhão unitária e eclesial”.
Depois de dom Leonardo Steiner renovar sua fé e o seu juramento de fidelidade e comunhão com o Papa, com a missão e com o povo de Deus, dom Giambattista Diquattro colocou sobre os ombros do arcebispo de Manaus o distintivo com que a Igreja reconhece aqueles a quem confia a missão de arcebispos.
Na sua homilia, o arcebispo de Manaus, comentou as leituras do 31º domingo do tempo comum, refletindo sobre o amor, para o qual despertamos quando somos amados. Lembrando um pensamento de Santo Agostinho, afirmou que “Deus não te pede muitas coisas, porque por si mesmo, o amor é o pleno cumprimento da lei”. Também lembrou as palavras do Papa Francisco, que nos lembram que “o amor a Deus e o amor ao próximo são inseparáveis, se sustentam um ao outro”.
O arcebispo fez um chamado a “colocar-se à escuta, aproximar-se, estar ao lado dos carentes e deserdados, descartados e famintos, esses irmãos e irmãs estão a aumentar na nossa Arquidiocese”. Por isso, fez ver às comunidades cristãs a necessidade de viver relações transformativas, ser comunidades que acompanham.
Dom Leonardo vê o Pálio como “sinal e símbolo da comunhão com o Santo Padre, o Papa Francisco”. Segundo ele lembrou, “depositado junto ao túmulo de São Pedro antes de ser benzido e enviado pelo Santo Padre, e sinal da nossa comunhão com o sucessor de Pedro, como também de comunhão entre as nossas igrejas da metropolia”.
“Sinal e símbolo de unidade entre as nossas igrejas particulares que formam nossa província eclesiástica de Manaus”, algo expressado na presença de dom José Albuquerque e dom Tadeu Canavarros, bispos auxiliares de Manaus, dom Mário Pasqualotto, bispo auxiliar emérito de Manaus, e dom Gutemberg Freire Régis, bispo emérito de Coari, dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo de Itacoatiara, e o padre Waïbena Atama Mahoba Mellon, administrador prelatício de Tefé.
Segundo o metropolita, estamos diante de uma “unidade que na história sempre esteve presente como caminho de evangelização, como cuidado mutuo, como pertença à Igreja na Amazônia. Unidade entre os bispos e por isso unidade entre as nossas igrejas nas diferenças necessárias”.
Ele assumiu o compromisso de zelar pela comunhão e pela unidade, “uma comunhão entre as nossas igrejas tornará presente a comunhão com o ministério petrino, e na unidade que entre as nossas igrejas se tornem assim presentes os sonhos de Querida Amazônia”.
Finalmente, o arcebispo lembrou que “o Pálio deseja rememorar, recordar que nos pertencemos como Igreja, que estamos sempre em comunhão e que temos um compromisso e uma responsabilidade entre nós igrejas da Amazônia. Mas é também um convite à fortaleza diante dos grandes desafios que devastam a Amazônia, fortaleza para ser sinal de esperança, de transformação, edificação e vida fecunda”. Por isso, em nome da Igreja de Manaus e da província eclesiástica, agradeceu “ao Santo Padre o envio e a entrega do Pálio a traves de seu Núncio Apostólico”.
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