Reflexão para a Solenidade de Todos os Santos
Padre Cesar Augusto. SJ - Vatican News
Santos, segundo o final da perícope do livro do Apocalipse, escolhida para ser primeira leitura – Apocalipse 7, 2-4.9-11, são todos aqueles que lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro. Isso significa que, o sangue de Jesus é que nos purifica e nos dá a santidade desejada, nos torna homens íntegros segundo o desejo do Senhor, quando nos criou.
Ora, se o Senhor nos criou, somos suas criaturas, nascemos de seu desejo. Mais ainda, a primeira leitura fala da lavagem no sangue do Cordeiro e isso nos recorda o batismo, o banho mais que regenerador, que nos presenteia com o desejo do Pai quando nos criou à sua imagem e semelhança, nos torna seus filhos adotivos, segundo a imagem e semelhança de seu unigênito, Jesus, o Santo de Deus, o próprio Deus, três vezes Santo.
Sabemos que o homem, segundo o desejo do Pai, será um homem para os demais, um irmão. Basta lermos os Evangelhos onde vemos a insistência de Jesus em nos dizer que somos irmãos e filhos do Santo, do Pai.
No Evangelho, Mateus 5 1-12, desejoso de mostrar Jesus como o novo Moisés, o evangelista coloca no alto do monte, como fez Moisés para receber e anunciar o Decálogo, a aliança de Deus com os Homens, que, diferentemente da cena do Livro do Êxodo, deverão se aproximar do Senhor. Agora o anúncio da aliança é feita de forma positiva e, a felicidade tão desejada está na parte difícil da aliança, que é vivenciar de cabeça erguida, as dificuldades do dia a dia, até com perseguições e mortes por causa da Justiça. Aceitar as vicissitudes da vida por causa do anúncio da Boa Nova, demonstra a fé na ação de Deus, mesmo que aparentemente Ele esteja silencioso ou encoberto, atitude que será recompensada na vida definitiva. O santo é alguém que segue o Cristo e, como ele, deverá derramar lágrimas e sangue, vivendo a Fé, persistindo na Esperança, para se rejubilar no Amor, durante toda a eternidade. Será se doando que se alcançará a Vida Eterna.
A segunda leitura, 1 João 3, 1-3, define literalmente que somo filhos de Deus, não apenas chamados de filhos, assegura João, o apóstolo que vivenciou ao máximo o amor de Deus. Deus é o Pai, que nos criou; que nos acompanha – Jesus, o Emanuel, Deus Conosco; e o Espírito que nos dá Vida, que nos santifica. Ser santo é ser filho no Filho e ser irmão no Irmão!
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