JMJ 2023: “todos vão ouvir a nossa voz”, símbolos na diocese de Beja
Rui Saraiva – Portugal
Aproxima-se do fim a peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na diocese de Beja. Com o Ano Novo de 2022 a cruz peregrina e o ícone mariano vão passar para a diocese de Évora.
E este tem sido um intenso acontecimento de oração e encontro, desde a diocese do Algarve, que temos vindo a acompanhar aqui na Rádio Vaticano e no Vatican News, dando voz às dioceses de Portugal na preparação da JMJ Lisboa 2023.
E a cruz e o ícone estão neste tempo de Natal na diocese de Beja. Um tempo que o Papa Francisco abriu na Basílica de S. Pedro na Missa da Noite de Natal referindo na sua homilia que com o Menino Jesus “Deus vem, pequenino, ao mundo”.
O Santo Padre sublinhou a importância de os cristãos aprenderem a viver na pequenez porque Jesus no seu nascimento está rodeado pelos pequenos, pelos pobres, ou seja, os pastores.
“Olhemos mais uma vez para o presépio e vejamos que Jesus no seu nascimento está rodeado pelos pequenos, pelos pobres. São os pastores. Eram os mais simples; e foram os que estiveram mais perto do Senhor. Encontraram-No, porque ‘pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite’. Estavam lá para trabalhar, porque eram pobres e a sua vida não tinha horário, dependia do rebanho. Não podiam viver como e onde queriam, mas regulavam-se de acordo com as exigências das ovelhas que cuidavam. E Jesus nasceu lá próximo deles, perto dos esquecidos das periferias” – afirmou o Papa.
Todos vão ouvir a nossa voz
É com este espírito de anúncio de Jesus, na proximidade com todos, especialmente, com os últimos, que continua a peregrinação dos símbolos da JMJ em Portugal, preparando o grande encontro de Lisboa em 2023.
Da diocese de Beja chega-nos mais uma crónica a propósito da visita aos arciprestados de Beja e Moura. O texto é da Equipa Missionária desta diocese que acompanha a JMJ, na voz da Irmã Helena Lampreia.
“A peregrinação dos símbolos da JMJ pela diocese de Beja continua… e, desta feita, pelos arciprestados de Beja e Moura. Entre os dias 15 e 25 de dezembro de 2021, os símbolos visitaram as paróquias da cidade de Beja, Salvada, Cabeça Gorda, Nossa Senhora das Neves, Serpa, Vila Verde de Ficalho, Vila Nova de São Bento, Barrancos, Moura, Amareleja, Póvoa de S. Miguel, Safara e Pias.
No arciprestado de Beja, houve “pressa no ar” para receber os símbolos, tal era o desejo e a emoção pela chegada da cruz e do ícone da Virgem Maria. Particularmente tocante foi a visita às escolas da cidade – Liceu Diogo de Gouveia, Escola Mário Beirão e Escola D. Manuel I – que receberam os símbolos num clima de muito entusiasmo e respeito. As escolas “pararam” para acolher os símbolos! Numa delas a receção fez-se com um cordão humano e ao som de bombos. Todos os alunos estavam mobilizados para esta iniciativa, o que muito nos satisfez, já que a escola, como ambiente agregador de todos os jovens, é o melhor meio para fazer chegar a todos a certeza do amor de Deus e de Maria, e o convite à participação na JMJ Lisboa 2023.
Por outro lado, foram também momentos altos da passagem dos símbolos por Beja a visita ao Estabelecimento Prisional, ao Hospital José Joaquim Fernandes e à comunidade terapêutica Horta Nova, da responsabilidade da Cáritas Diocesana. Aqui tocou-se a fragilidade e o sofrimento, que a cruz tão bem representa e que a Virgem sempre acompanha, solícita e materna. Na prisão e no hospital, o Sr. Bispo, D. João Marcos, marcou presença e em ambos fez uma catequese sobre os mistérios da cruz e da Virgem Mãe, que tocaram o coração dos que a escutaram.
A peregrinação pelo arciprestado de Moura ficou marcada pela chuva, que abençoou o caminho que se foi fazendo, apesar de algumas alterações ao plano anteriormente traçado. O esforço feito por chegar às populações e não deixar ninguém indiferente à passagem dos símbolos foi intenso e marcante. Embora as atividades tivessem sido sobretudo de índole celebrativa, houve tempo para alguns momentos culturais, por exemplo com a presença de bandas filarmónicas, entre outros. Em Barrancos, por exemplo, foi a equipa de futebol que carregou os símbolos até à igreja. Assim se procurou unir à fé não só a cultura e a arte, como também o desporto e a missão, dimensões tão apreciadas pelos jovens.
Agora segue-se o arciprestado de Cuba, onde terminará a peregrinação dos símbolos na diocese de Beja. No dia 31 de dezembro, seguirão para a arquidiocese de Évora, onde estarão todo o mês de janeiro. Embora ainda não tenhamos chegado ao fim, já se pode alvitrar que a avaliação será positiva. Nas igrejas, nas ruas e nas praças, os símbolos não têm deixado ninguém indiferente. Por onde passam, cativam os olhares e a atenção de todas as pessoas.
Um aspeto a salientar, em todos os arciprestados por onde já passaram os símbolos, foi o excelente acolhimento dos párocos. A dedicação e esforço de padres e leigos, para que tudo corresse bem, merece a nossa especial menção. Outro aspeto a referir foi o carinho e a atenção de tantas pessoas que aderiram e se empenharam na receção dos símbolos e da equipa missionária: têm sido o maior presente, durante todo o mês.
Bendito seja Deus pelas maravilhas que está a realizar no coração de tantos jovens, crianças e adultos que se têm cruzado com os símbolos, conscientes da oportunidade única que lhes foi concedida. Continuemos a rezar pelos bons frutos desta peregrinação, para que, tendo os jovens da diocese de Beja carregado os símbolos por um momento, se sintam “carregados” e suportados por eles a vida inteira.”
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude seguem agora, a 31 de dezembro, para a diocese de Évora.
Para si os nossos votos de um Feliz Ano Novo de 2022.
Laudetur Iesus Christus
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