Libertadas religiosas detidas em novembro em Addis Abeba
Jackson Erpen - Cidade do Vaticano
Presas em 30 de novembro de 2021 pela polícia etíope em Addis Abeba, finalmente foram libertadas as Irmãs Letemaryam Sibhat, Tiblets Teum, Abeba Tesfay, Zaid Moss, Abeba Hagos e Abeba Fitwi, todas da Congregação das Filhas da Caridade São Vicente de Paulo.
No início da tarde de sábado, 15 de janeiro, também foi libertada Irmã Abrehet Teserma, das Ursulinas de Gandino - como confirmou à Agência Fides o colaborador Matteo Palamidesse - retornando à sua comunidade em Shola. Outras fontes locais confirmam que todas as religiosas estão bem de saúde.
Por outro lado, não se tem notícias dos dois diáconos e das duas religiosas de Kobo que permanecem detidos, junto com milhares de outros deslocados etíopes de origem tigrínia, detidos em locais não especificados.
Em 14 dezembro, a superiora geral das Irmãs Ursulinas de Gandino, madre Raffaela Pedrini, havia expresso sua preocupação com o destino das religiosas: “Converso todos os dias com a nossa responsável em Adis Abeba, irmã Abrehet Cahasai – havia afirmado a madre à Agência Fides – mas a resposta é sempre a mesma. Não existem novidades. Às nossas orações deste tempo de Advento, naturalmente acrescentamos essa pela libertação de todas as irmãs e diáconos. Acompanhamos em particular o destino da nossa irmã Abrehet Teserma, esperando poder festejar o Santo Natal com ela. Por enquanto, nada sabemos e nem queremos especular sobre os motivos do ato bem seus desdobramentos, enquanto não forem claros ou consistentes”.
Em 15 de novembro de 2020, dez dias depois de serem presos por forças de segurança etíopes, haviam sido libertados 17 salesianos detidos em 5 de novembro. Eles voltaram para casa, junto com um agente humanitário italiano, também ele preso na mesma data, após um longo interrogatório. Os religiosos e funcionários - todos de origem tigrínia - haviam sido detidos em um centro educacional na região de Gottera, em Addis Abeba.
Os apelos do Papa Francisco pela Etiópia
No discurso ao Corpo Diplomático no início de 2022, o Papa Francisco falou da preocupação com ”os episódios de violência por obra do terrorismo internacional na região do Sahel e os conflitos internos no Sudão, Sudão do Sul e Etiópia, onde é necessário encontrar «o caminho da reconciliação e da paz, através duma discussão sincera que coloque em primeiro lugar as necessidades da população»
Já na Mensagem Urbi et Orbi, no Natal de 2021, o Pontífice havia pedido ao Príncipe da Paz pela Etiópia, para que descubra o caminho da paz e da reconciliação
Antes ainda, no Angelus de 7 de novembro, diante do recrudescer do conflito, Francisco pediu que prevalecesse o caminho pacífico do diálogo.
Acompanho com preocupação as notícias vindas da região do Chifre da África, em particular da Etiópia, abalada por um conflito que já se arrasta há mais de um ano e que já causou inúmeras vítimas e uma grave crise humanitária. Convido todos a rezar por aquelas populações tão duramente provadas e renovo o meu apelo para que prevaleçam a concórdia fraterna e o caminho pacífico do diálogo.
*Com informações de Agência Fides
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