JMJ 2023: de Beja para Évora, os símbolos continuam no Alentejo
Rui Saraiva – Portugal
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) já chegaram à arquidiocese de Évora. Foi mesmo no final do ano 2021, na sexta-feira dia 31 de dezembro, após um percurso pela albufeira da Barragem do Alqueva.
O arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, na sua homilia de Ano Novo, em Reguengos de Monsaraz, afirmou rezar “para que neste mês de janeiro, previsivelmente preocupante devido à evolução da pandemia Covid 19”, seja possível “valorizar a qualidade” dos “encontros para superar o melhor possível aquilo que a distância protetora” impõe.
“Apesar de todas as limitações previsíveis, exorto-vos a viver este Tempo de Graça com a Alegria Cristã, fundamentada na certeza que o Senhor Jesus está connosco” – disse D. Francisco Senra Coelho.
Os jovens da diocese de Beja entregaram os símbolos da JMJ aos jovens de Évora, após um mês intenso de vivência da fé, que aqui fomos noticiando na Rádio Vaticano e no Vatican News.
Naquela diocese alentejana os símbolos percorreram mais de 2000 quilómetros entre 45 paróquias, 4 corporações de bombeiros, 8 centros sociais, escolas e ainda o hospital e a prisão de Beja.
Sobre a última semana de peregrinação dos símbolos na diocese de Beja publicamos um texto de Joana Santos na voz de Luís Rico.
Do Coração do Alentejo
Chegados à reta final desta peregrinação por terras alentejanas, os símbolos da JMJ deixaram também a sua marca no arciprestado de Cuba, entre os dias 26 e 30 de dezembro, passando por Vidigueira, Vila de Frades, Cuba, Ferreira do Alentejo, Alvito e Vila Nova da Baronia.
Vividos dentro da oitava do Natal, estes dias foram verdadeiramente marcados pelo nascimento de Jesus no coração de tantos que passaram e permaneceram diante da cruz e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani. O encontro arciprestal, realizado em Vila de Frades, surpreendeu pela presença alegre de cerca de 70 jovens, que animaram a Eucaristia, presidida pelo nosso Bispo, D. João Marcos. Foram eles os protagonistas destes dias, confirmando as palavras do Papa Francisco na Exortação Apostólica Christus Vivit: “A juventude é um tempo abençoado para o jovem e uma bênção para a Igreja e o mundo. É uma alegria, uma canção de esperança e uma beatitude” (ChV 135).
A chuva visitou-nos nos primeiros dois dias, porém, ainda que com algumas alterações aos planos iniciais, tudo teve o seu tempo e espaço para acontecer. As orações e celebrações feitas dentro das igrejas proporcionaram momentos de reflexão pessoal e comunitária muito fortes e autênticos. São de salientar a vigília de oração, na paróquia de Vidigueira, durante toda a noite, terminando com as Laudes na manhã seguinte. Foram várias as pessoas que ali rezaram e louvaram a Deus no silêncio da noite, sem que nunca os símbolos ficassem sós. Também em Cuba se entrou tarde adentro num espaço de oração marcado pela presença fiel dos jovens, que, ao seu jeito simples, mas profundo, entoaram cânticos de ação de graças a Jesus e a Maria. Foi também bonita e interessante a adesão dos jovens à Confissão!
Tantos outros foram os acontecimentos que a presença dos símbolos da JMJ despoletou, como visitas a lares de idosos e quartéis de bombeiros, catequeses infantis e juvenis, animação missionária nos largos, Eucaristia com bênção das famílias, procissões animadas por grupos de cante alentejano e o tradicional cante ao Menino à volta da fogueira.
E assim chegou ao fim este tempo especial de evangelização no coração do Alentejo. A diocese de Beja despediu-se dos símbolos da JMJ, fazendo com eles a travessia, de barco, pelo rio Guadiana, desde a Barragem de Alqueva até ao Cais do Campinho, em Reguengos de Monsaraz, arquidiocese de Évora.
Permaneçamos na esperança de que, como Antoine de Saint-Exupéry nos escreveu no seu célebre livro O Principezinho: “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”; também estes símbolos marquem nas pessoas e na alma desta diocese, a alegria do Evangelho e do Amor e a certeza de que Cristo vive!”
Peregrinação desafiante
Os símbolos da JMJ já estão a dar nesta semana os primeiros passos na arquidiocese de Évora. Raquel Murcho, colabora com a Pastoral Juvenil de Évora e, em declarações à Rádio Esperança, emissora do Departamento de Comunicação da arquidiocese, refere que a presença dos símbolos da JMJ na arquidiocese de Évora é uma “oportunidade de encontro e de reflexão para as paróquias”.
Na reportagem do jornalista Pedro Conceição, Raquel Murcho afirma que “vai ser uma peregrinação particularmente desafiante” devido às restrições provocadas pela atual vaga da pandemia de covid-19. Salienta, contudo, que “todos são convidados a participar”.
Ao longo do mês de janeiro, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora vão percorrer a arquidiocese de Évora. Acompanharemos aqui em permanência com a colaboração da Rádio Esperança.
A Peregrinação dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude em Portugal é organizada pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil da Conferência Episcopal Portuguesa.
Laudetur Iesus Christus
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