Refugiados em busca de ajuda é o sinal de todas as guerras
Antonella Palermo - Vatican News
O Cardeal Giuseppe Betori, arcebispo de Florença recebeu o grupo de cerca de 50 refugiados por ocasião da Conferência dos Bispos e Prefeitos do Mediterrâneo realizada em Florença. Eles deveriam ser recebidos pelo Papa que se ausentou por motivo de doença. Na sua saudação o cardeal repetiu várias vezes as palavras “Acolher, proteger e integrar”, reiterando as palavras do Cardeal Bassetti, presidente da Conferência Episcopal Italiana, que na sua saudação afirmava: “encarnam todo o desconcerto daqueles que têm que recomeçar tudo de novo para curar suas cicatrizes”.
Cardeal Sako: todos devemos ser portadores de paz
O encontro contou com a participação do Cardeal Louis Raphaël Sako, Patriarca de Bagdá dos Caldeus, que viveu anos de conflito no Iraque. À luz de sua experiência, e olhando também para a Ucrânia ele exortou as pessoas a seguir o caminho do diálogo. Sako argumenta que a iniciativa dos bispos e prefeitos do Mediterrâneo foi importante para construir "um espírito de equipe" e alcançar a paz, a fraternidade, a igualdade: todos os temas caros a Francisco e reiterados em sua Viagem apostólica ao Iraque. "Todos nós devemos ser portadores de paz", conclui Sako.
Custódio da Terra Santa Patton: sofrimento maior da população civil
A Conferência sobre o Mediterrâneo coincidiu com a invasão russa do território ucraniano, foi a gota d'água que desencadeou o êxodo da população para os países vizinhos. Enquanto a Itália se prepara para acolher refugiados da Ucrânia, organizando-se para aumentar ainda mais os serviços humanitários, o Custódio da Terra Santa, padre Francesco Patton, se deteve nas consequências vividas pelas populações em guerra. Com seu olhar sobre a Ucrânia, o franciscano não esquece as imagens dos bombardeios na Síria e em particular na cidade de Alepo. "Em todos os atos de guerra e violência dos últimos anos", afirmou, "o maior sofrimento é sempre da população civil, especialmente daqueles que vivem na cidade".
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