Bartolomeu I pede fim imediato da guerra. Shevchuk agradece aos que defendem a Ucrânia
Vatican News
O Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, líder espiritual de cerca de 300 milhões de cristãos ortodoxos em todo o mundo, pediu neste domingo o fim da guerra na Ucrânia.
"Nós endereçamos outro apelo para acabar com a guerra agora. Para parar imediatamente qualquer ato de violência, qualquer coisa que espalhe dor e morte", afirmou Bartolomeu em um comunicado.
O Patriarca também chamou a guerra de abominável e expressou solidariedade e apoio à Igreja ucraniana, que obteve a independência de Moscou, e "sofreu seriamente".
Em 2019, Bartolomeu concedeu autocefalia à Igreja Ortodoxa da Ucrânia, tornando-a independente, em uma divisão histórica fortemente combatida pela Rússia.
Agradecimento de Shevchuk a todos que lutam pela vitória da Ucrânia
"Hoje eu gostaria de agradecer de coração a todos aqueles aqueles que defendem a Ucrânia de todas as formas possíveis. Estamos observando como todos os serviços públicos, em particular em Kiev, funcionam muito bem. Antes nos perguntavam se nossas instituições públicas eram confiáveis. Hoje vemos que a prova de robustez do nosso Estado foi superada e continua a dar resultados positivo", disse em uma mensagem em vídeo divulgada no domingo o arcebispo Sviatoslav Shevchuk, líder da Igreja Greco-Católica Ucraniana.
"Além dos nossos soldados, também gostaria de agradecer aos agentes do Serviço Nacional de Emergência da Ucrânia que hoje retiram os feridos dos escombros, os nossos médicos que ao longo desta noite salvaram centenas de vítimas; nossos bombeiros que apagaram centenas de incêndios em toda a Ucrânia. Quero agradecer a todos aqueles que hoje, cada um à sua maneira, lutam pela vitória da Ucrânia".
Na mensagem, o arcebispo recordou “mais uma noite terrível. Mas depois da noite vem o dia, vem a manhã, depois da escuridão vem a luz. Da mesma forma, depois da morte vem a ressurreição que todos nós celebramos hoje com alegria. Neste domingo festejamos o Ressuscitado presente entre nós, presente na Ucrânia".
Jesus Eucarístico
"Mas neste domingo a população de Kiev não poderá vir à igreja devido ao toque de recolher, e todos as pessoas têm que ficar em casa para não arriscar a vida – observa o arcebispo. Será a Igreja, portanto, que irá a eles. Nossos sacerdotes descerão aos porões, descerão aos abrigos antiaéreos, e lá celebrarão as Divinas Liturgias. A Igreja está com o seu povo. A Igreja de Cristo leva consigo o Salvador Eucarístico para aqueles que vivem momentos críticos de sua vida, que precisam de força e de esperança na Ressurreição".
"Hoje eu gostaria de pedir a todos que têm a chance de ir à igreja: participem da divina liturgia, confessem hoje e se comuniquem entre vocês. Recebam Cristo Eucarístico e ofereçam-no por aqueles que não podem comparecer neste domingo na liturgia. Ofereçam a Sagrada Comunhão por nossos soldados. Nossa vida hoje está em suas mãos. Ofereçam hoje por aqueles que estão feridos, marginalizados, por aqueles que se tornaram refugiados de esta guerra sangrenta na Ucrânia".
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