Igreja na Moldávia presente no acolhimento dos ucranianos
Vatican News
A Igreja católica na Moldávia divulgou um comunicado, nesta segunda-feira (07/03), sobre o compromisso eclesial no acolhimento dos refugiados ucranianos, após onze dias do início do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Antes de apresentar os dados sobre a capacidade de acolhimento, a Igreja moldava fez duas premissas importantes.
A primeira, é que a Igreja católica na Moldávia espera que se possa alcançar logo uma condição de paz e resolução do conflito. O Papa Francisco vem pedindo isso há algum tempo, expressando sua preocupação e sofrimento. Da mesma forma, o Bispo de Chişinău, dom Anton Cosa, exorta as comunidades católicas, na Moldávia, a rezarem pelo mesmo motivo.
A segunda premissa é a de expressar uma sincera gratidão ao povo moldavo pela generosidade e disponibilidade que está demonstrando em acolher e ajudar os milhares de refugiados que chegam ao país. Destaca-se também o compromisso das autoridades competentes em enfrentar o difícil problema da hospitalidade e a colaboração com várias ONG e organizações voluntárias, incluindo as da Igreja católica.
Segundo a nota, a Igreja católica, a convite de dom Anton Cosa, desde o início, se compromete a acolher os ucranianos através das seguintes organizações: Caritas Moldávia, Fundação Regina Pacis, Fides, Casa da Providência, Optima fide, Fundação Dom Bosco, Renovação Carismática, Caminho Neocatecumenal, paróquias e comunidades religiosas.
Foram organizadas estruturas de acolhimento que garantem atualmente 390 leitos, com serviços de saúde e alimentação adjacentes.
Além disso, criou-se uma rede familiar de solidariedade, onde as famílias se disponibilizam para o acolhimento. São prestados serviços de acompanhamento na chegada à Moldávia, e na partida dos refugiados para os seus destinos favoritos. É oferecida assistência psicológica e de saúde. Há também uma rede de informação com os familiares ainda na Ucrânia e com os familiares dos destinos aos quais os refugiados pretendem chegar. É realizado um trabalho de informação correta, para que os refugiados possam fugir de formas de exploração, tráfico de seres humanos e aliciamento de menores ou mulheres solteiras. Existe a disponibilidade das cantinas sociais católicas, que sempre estiveram em atividade, na distribuição de refeições tanto nas próprias estruturas quanto fora, em outros espaços de acolhimento ou onde sejam solicitadas.
"Não há um conhecimento claro dos tempos de acolhimento e da duração do conflito, mas é claro que a Igreja católica com suas organizações estará presente enquanto o acolhimento de emergência for um dever e também depois para as famílias que o solicitarem", ressalta a nota da Igreja moldava.
A Igreja católica, além de colaborar com as estruturas do Estado moldavo, está em constante contato com várias organizações internacionais, ONGs, Embaixadas e diversas instituições que compõem a rede de solidariedade internacional, útil para receber apoio nas atividades de acolhimento.
Segundo o comunicado, há uma presença importante dos católicos na Moldávia, que de todas as maneiras e com seus recursos estão trabalhando especialmente nas paróquias. Outro recurso, são aqueles que fazem contato do exterior, que de diferentes formas se disponibilizam todos os dias, oferecendo colaboração e ajuda de todos os tipos. Não falta o apoio das organizações católicas de alguns países europeus, que de diversas maneiras apoiam o trabalho de acolhimento na Moldávia, na esperança de que os corredores humanitários sejam adequados para garantir o trânsito e a chegada ao destino do que for necessário.
A atividade de acolhimento é realizada com profunda atenção à pessoa, com espírito evangélico, disponibilidade de escuta e diálogo. O respeito e o cuidado com as necessidades é o primeiro objetivo, além do acompanhamento na recuperação da serenidade. É dada atenção especial aos menores, que são a parte mais frágil do acolhimento, aos quais são oferecidos momentos de animação e recreação.
"Estamos convencidos de que este trabalho humanitário pode ser um momento de reflexão humana e cristã sobre a vida e, sobretudo, ajuda a resgatar os valores da vida humana, que devem ser respeitados e não entregues a conflitos que geram morte e destruição. Que o bom Deus guie nossos passos e nos conduza à paz", conclui a nota da Igreja na Moldávia.
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