Ucrânia. Bomba atinge cúria de Kharkiv: padre Semenkov, "aqui é um inferno"
Vatican News
Na manhã desta terça-feira, 1º de março, uma bomba atingiu a cúria da igreja católica em Kharkiv. Dentro, na cripta da igreja, 40 pessoas encontravam-se refugiadas. Estão todas bem. Felizmente, o ataque causou apenas um grande buraco no telhado. O padre Gregory Semenkov, chanceler da Diocese católica latina de Kharkiv e pároco da catedral, contou à agência Sir.
Bombardeio no centro da cidade deixou vários mortos
"Arriscou-se uma tragédia", diz ele imediatamente. "Esta manhã é um inferno, a bomba caiu sobre a cúria. Houve bombardeios no centro da cidade. Os ataques atingiram escritórios do governo, as bombas também atingiram pessoas que estavam esperando para conseguir pão, e propriamente naquele momento uma bomba caiu sobre a cúria. Há muitas pessoas mortas, até o momento não há informações sobre o número de vítimas e feridos. A conexão Internet caiu, portanto não estamos recebendo informações atualizadas.
Refugiados colocados em lugar seguro
"Na cúria - conta o pároco - há muita gente estes dias, muitas mães com filhos". Somos ao todo 40 pessoas. Nós as colocamos em um lugar seguro. Estávamos todos na parte inferior e, felizmente, a bomba bateu no alto. Após um momento inicial de medo, a vida na cúria recomeçou imediatamente."
Cidade sob toque de recolher
"Nossas mulheres são fortes e já estão preparando alimentos para distribuir às pessoas que encontraram abrigo sob o metrô. Na verdade, há duas estações de metrô próximas a nós, onde levamos suprimentos e alimentos. Há muitas pessoas nos chamando, pedindo ajuda. A cidade está sob toque de recolher, está fechada, não se pode sair ou entrar, não podemos fazer nada no momento, exceto ajudar com comida quente e se possível com abrigos".
Bispo ortodoxo acolhido na residência episcopal católica
Padre Gregory diz que com os refugiados, na casa da cúria, o bispo, dom Paolo Gonczaruk, e os padres também deram hospitalidade ao bispo ortodoxo. "Ele mora aqui conosco, porque sua casa fica perto da zona militar e ele teve que sair de sua casa. Nós o estamos acolhendo. A guerra também faz estas coisas, estamos unidos".
(com Sir)
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