Jovens JMJ Lisboa 2023. Foto de Alberto Conceição Jovens JMJ Lisboa 2023. Foto de Alberto Conceição 

Alegria, oração e serviço no caminho até à JMJ Lisboa 2023

Em Portugal os voluntários preparam-se para a JMJ e os símbolos estão a encher de esperança as dioceses por onde passam em peregrinação.

Rui Saraiva – Portugal

Em Portugal, nos dias 5, 7 e 9 de julho teve lugar em Lisboa um encontro que juntou cerca de 150 chefes de equipa de voluntários da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, vindos de todo o país.

Ouça a reportagem

Viveu-se, entre os chefes de equipa de voluntários, uma alegria enorme e contagiante – revela no site oficial do evento, Margarida Manaia, responsável pela Direção de Acolhimento e Voluntariado (DAV).

Esta foi uma oportunidade para os jovens conhecerem toda a envolvente da organização de uma JMJ, “rezarem juntos” e “perceberem que não estão sozinhos, que há mais jovens com vontade de servir” – salienta ainda Margarida Manaia.

Toda esta alegria, oração e disponibilidade para o serviço estão a ser vividas nas dioceses com a ajuda da peregrinação dos símbolos da JMJ. Jovens e menos jovens estão cada vez mais envolvidos por este grande evento.

Desde novembro de 2021 que a cruz e o ícone “Salus Populi Romani” peregrinam em Portugal. Algarve, Beja, Évora, Portalegre-Castelo Branco, Guarda, Viseu, Funchal e Angra do Heroísmo são as dioceses portuguesas que já receberam os símbolos da JMJ. Neste momento os símbolos estão em Lamego.

Crónicas locais

As reportagens da Rádio Vaticano e do Vatican News, desde o início da peregrinação dos símbolos, procuraram transmitir a vivência local deste acontecimento único. Dessa ideia surgiram as crónicas locais no texto e na voz de quem acompanha na proximidade concreta a peregrinação. Uma forma de gerar participação e pluralidade de olhares.

Desse trabalho que tem vindo a ser feito assinalamos a colaboração de colegas profissionais de comunicação de órgãos diocesanos como o Samuel Mendonça do jornal “Folha de Domingo”, o Pedro Conceição da Rádio Esperança de Évora, o padre Francisco Barbeira do jornal “A Guarda” e a Inês Silva da diocese de Viseu, dando ainda os primeiros passos no trabalho jornalístico.

Mas, as crónicas locais também têm tido o sabor do gosto amador por comunicar. Foi assim em Beja, no cuidado pastoral do padre Francisco Molho, que foi selecionando jovens leigos para participarem no texto ou no áudio das colaborações. O mesmo aconteceu com a participação da Vanessa Alves na passagem dos símbolos por Portalegre-Castelo Branco.

Símbolos em caminho com as pessoas

Os símbolos ao fazerem peregrinação pelas paróquias de Portugal, colocam-se ao lado de cada um, partilhando o caminho das pessoas que os acolhem. É a presença real de uma cruz e de um ícone que já foram vistos e tocados por milhões de outros cristãos em todo o mundo.

E os símbolos não têm passado só pelos ambientes eclesiais, mas têm sido motivo de encontro, por exemplo, com os reclusos, na visita a estabelecimentos prisionais. A cruz peregrina e o ícone mariano também têm estado em contacto com os mais frágeis visitando os idosos em lares e os doentes nos hospitais. Muito importante registar a passagem dos símbolos na visita às escolas e às universidades.

No concreto das reportagens ficam para memória futura os testemunhos de quem vive de perto a experiência de receber na sua paróquia a cruz e o ícone. Destacamos aqui dois testemunhos vindos do Alentejo em janeiro deste ano.

No trabalho do jornalista Pedro Conceição recordamos o testemunho da jovem Vitória, em pleno Alandroal, afirmando que os “símbolos” são marca “de alegria, de paz, de união, de fé” e “de esperança”.

“Foi com muita ansiedade e ao mesmo tempo com muita alegria que recebemos os símbolos das jornadas mundiais da juventude aqui no Alandroal. Símbolos que são de alegria, de paz, de união, de fé, mas sobretudo símbolos de esperança” – afirmou a jovem Vitória.

Não menos significativo o testemunho de Leonor Barradas, de Vila Viçosa que partilhou ter sido a passagem dos símbolos pela sua paróquia um dia “cheio de Deus e cheio de paz”.

“Foi um dia que vai ficar para sempre no meu coração. Um dia cheio de Deus e cheio de paz. Um dia muito especial porque pode ter sido a primeira e a última vez que estive tão perto dos símbolos” – sublinhou Leonor Barradas.

Encontrar Cristo Vivo

Do caminho feito até ao momento pelos símbolos da JMJ nas dioceses portuguesas fica a certeza de uma semente de esperança. Vivida em oração e encontro fazendo a preparação para o grande evento que vai decorrer de 1 a 6 de agosto de 2023 em Lisboa.

A este propósito, recordamos as palavras de D. Américo Aguiar durante a presença dos símbolos na diocese de Viseu em abril passado. O bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 assinalou a necessidade de se fazer caminho com os símbolos porque “é daí que nasce Cristo vivo” – afirmou D. Américo Aguiar sublinhando a necessidade de cativar os jovens para que estes se sintam convidados a participar na JMJ em Lisboa.

“Nós temos que fazer caminho, cada um e com todos, e é daí que nasce Cristo vivo, vida plena, vida total, que nos ilumina, nos fortalece, nos encoraja. E é esse Cristo vivo que nós queremos que os jovens do mundo inteiro encontrem em Lisboa, na JMJ, mas para isso acontecer eles têm de ser convidados, para isso acontecer eles têm de ser contagiados, para isso acontecer todos nós temos de ser portadores de convite” – disse D. Américo Aguiar na ocasião.

A cruz e o ícone mariano estão neste mês de julho a peregrinar em Lamego. Estarão naquela diocese até ao dia 31 de julho. 

A Rádio Vaticano e o Vatican News continuam a acompanhar a preparação da Jornada Mundial da Juventude que decorrerá em Lisboa em agosto de 2023.

Laudetur Iesus Christus

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

21 julho 2022, 11:43