Assembleia da CEAMA analisa os Estatutos a serem apresentados ao Papa
Padre Modino - REPAM
Um momento para apostar na germinação, indicou o presidente da CEAMA, usando as palavras de Benjamín González Buelta. O cardeal Barreto chamou a descobrir o tempo de graça que estamos vivendo como Igreja da Amazônia e Igreja Universal, neste tempo sinodal, que leva à realização da "caridade pastoral de Cristo na Amazônia". Neste sentido, ele destacou a importância do Celam, da CLAR e da Cáritas da América Latina e do Caribe.
O cardeal peruano recordou as palavras do Papa Francisco para consolidar a CEAMA, algo que o Santo Padre apontou em suas palavras para a última assembleia. Seu presidente lembrou que a CEAMA se reunirá com o Papa Francisco em 2 de setembro, quando os Estatutos serão apresentados ao Santo Padre. Estes Estatutos são inéditos, salientou o cardeal, já que estamos tratando da primeira conferência eclesial, algo que tem suas raízes na Lumen Gentium e que foi um dos pedidos do Documento Final do Sínodo para a Amazônia.
Os Estatutos refletem a espiritualidade do Concílio Vaticano II, insistiu o Cardeal Barreto, uma dimensão sinodal presente na vida da Igreja desde seus primeiros passos. Os Estatutos já incluem os elementos presentes na Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, e respondem a uma identidade eclesial e não apenas episcopal.
Durante a Assembleia, o Cardeal Barreto apresentou aos participantes o novo esboço dos Estatutos, destacando que "a CEAMA assume os quatro sonhos do Papa Francisco na Querida Amazônia", e junto com ela seu caminho comum e relação fraterna com a REPAM, Celam, CLAR, Cáritas América Latina e as Conferências Episcopais e Igrejas particulares que fazem parte do território amazônico. Por esta razão, ele enfatizou que a CEAMA é "uma expressão do alegre Magistério do Papa Francisco".
O texto descreve tudo o que está subjacente à existência da Conferência Eclesial da Amazônia, bem como os passos que pretende dar para avançar na implementação prática dos desafios decorrentes do Sínodo para a Amazônia. Tudo isso no espírito da Praedicate Evangelium, algo em que o presidente da CEAMA insistiu repetidamente.
O cardeal Barreto também destacou as referências à Querida Amazônia e ao Documento Final do Sínodo para a Amazônia, insistindo que a eclesialidade, o Povo de Deus, está muito presente.
As palavras do cardeal deram lugar às intervenções dos participantes da Assembleia, que contribuíram com o que deveria estar presente nos novos Estatutos. O Cardeal peruano destacou que a segurança não está no jurídico, mas no que o Espírito traz, no horizonte eclesial da sinodalidade, e que ele vê os Estatutos como um dom de Deus para a Igreja.
Mais um passo que leva à descoberta de que o Sínodo para a Amazônia continua a avançar e se tornar mais concreto na vida da Igreja e dos povos, que está ganhando em maturidade. Uma mudança de mentalidade eclesial, que tem no Papa Francisco um de seus grandes promotores e que, através desta nova estrutura, pode mudar a vida pastoral da Igreja, com a participação cada vez maior dos leigos e das mulheres.
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