Etiópia. Salesianos em ajuda à população do Tigray alarme pela insegurança alimentar
Vatican News
"Trigo, alimentos nutritivos, óleo de cozinha, massa, arroz e sal são algumas das ajudas enviadas à população de Tigray. De maio a julho, também foram enviados artigos sanitários, sabão e 400 cobertores". São informações da “Missão Salesiana Fides”, a organização dos Salesianos de Dom Bosco com sede nos Estados Unidos.
Dificuldade para ajudar
"Desde que o governo federal deixou Tigray em junho de 2021, não há estradas, telefones, internet, bancos ou eletricidade", continua a nota. Como resultado, os salesianos foram cortados da comunicação normal com as comunidades do Tigray. Os suprimentos são escassos e os disponíveis são inacessíveis porque o dinheiro não pode ser retirado". "Somos verdadeiramente gratos a todos vocês pelo seu apoio. Isto não seria uma realidade se não fosse o apoio contínuo", disse Padre Hailemariam Medhin, Superior da Província Salesiana da África Etiópia (AET), referindo-se à ajuda recebida de todo o mundo.
Aumentam as mortes pela fome e desnutrição
Padre Medhin também expressou gratidão ao Programa Mundial de Alimentos pronto para apoiar em tudo o que for solicitado: "Agradecemos também aos Serviços Católicos de Assistência e a outros que facilitam o combustível e os veículos para que a ajuda possa chegar a seus destinos. Como se sabe há algum tempo, a inflação no país é muito alta e os preços das necessidades básicas estão fora do alcance da maioria da população. "As mortes continuam devido à falta de alimentos e remédios", lê-se na nota das Missões Salesianas. No momento, cerca de 7 milhões de tigrinos estão enfrentando uma grave insegurança alimentar.
Os Salesianos têm 14 casas na Etiópia, incluindo quatro em Mekelle, Adigrat, Adwa e Shire em Tigray, e três casas na Eritréia.
Paz, a única solução
Por outro lado, o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Teodros Ghebreyesus acusa abertamente que em nenhum lugar do mundo é mencionado o Tigray. A ajuda, interrompida por muito tempo, só começou a chegar nos últimos meses, mas continua sendo insuficiente. A população não tem acesso a medicamentos e telecomunicações, não tem alimentos e é impedida de deixar a região. “Em nenhum lugar do mundo”, são as palavras do diretor da OMS, “pode-se ver este nível de crueldade”. “O conflito no Tigray começou em novembro de 2020, com uma operação militar lançada pelo primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed após supostos ataques da Frente Popular de Libertação do Tigray contra as forças de segurança nacionais etíopes em Mekelle, a capital da região. O resultado é que a população do Tigray", explica Ghebreyesus, "está agora lutando contra múltiplas epidemias de malária, antraz, cólera, diarreia e outras doenças". A única solução, conclui, é a paz.
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