As celebrações do Domingo de Ramos em Jerusalém
Lurdinha Nunes - Jerusalém
Em Jerusalém as celebrações do Domingo de Ramos tem início com a procissão ao redor do Santo Sepulcro onde Jesus ressuscitou. A celebração litúrgica, foi presidida pelo Patriarca Latino de Jerusalém S.B. Pierbattista Pizzaballa, com o Delegado Apostólico para Jerusalém S. E Adolfo Tito Ylhana, com a participação de 170 sacerdotes das várias comunidades religiosas presentes na Terra Santa.
Com palmas e ramos de oliveira o “Hosana ao Filho de Davi”, resoou na Basilica com emoção.Participaram também centenas de cristãos locais e peregrinos da procissão que faz três voltas ao redor do Santo Sepulcro.
Seguindo os passos de Jesus de Betfagé a Jerusalém
Á tarde uma grande procissão com início no santuário de Betfagé até a Cidade Santa reuniu uma multidão de mais de cico mil pessoas, entre cristãos locais e peregrinos de todo o mundo, que desceram o Monte das Oliveiras com ramos de oliveira e palmas. Cada um em sua própria língua, por meio de orações, canticos e instrumentos musicais, compartilharam a alegria de ser cristão com os demais fiéis do caminho.
No final da procissão os franciscanos da Custódia da Terra Santa animaram todo o percurso com cânticos e música com Mons Pizzaballa, Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, Mons. Tito Yllana, Núncio Apostólico em Israel e Chipre e delegado em Jerusalém e Palestina e numerosos religiosos e autoridades de outras confissões cristãs.
No pátio da Igreja de Sant'Anna, no final da procissão, o Patriarca saudou todos os fiéis. Em primeiro lugar os árabes cristãos, que finalmente, depois de muitos anos conseguiram participar em grande número de todas as partes da Palestina, e depois todos os peregrinos e comunidades cristãs. «Jerusalém - disse o Patriarca - não é apenas uma cidade de conflitos e divisões, de tensões políticas e religiosas, de possessões e exclusões. Como experimentamos hoje, é também lugar de encontro, de fé, de oração, de alegria e de comunhão. Estamos aqui reunidos sem nacionalidade, nem cidadania: estamos simplesmente unidos em nome de Jesus Cristo".
Não devemos ter medo de quem quer dividir
Em suas palavras, ele se referiu aos muitos episódios de violência na cidade, inclusive contra igrejas e símbolos cristãos. “Mas não devemos ter medo de quem quer dividir, de quem quer excluir ou de quem quer apoderar-se da alma desta Cidade Santa. Não conseguirão, porque a Cidade Santa sempre foi e sempre será uma casa de oração para todos os povos. Pertencemos a esta cidade e nunca desistiremos do nosso amor pelo que esta cidade representa: é o lugar da morte e ressurreição de Cristo, o lugar da reconciliação, de um amor que salva e ultrapassa os limites da dor e da morte. E esta é também a nossa missão, como Igreja de Jerusalém”.
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