O apelo à comunidade internacional por um Hospital de Campo na Ucrânia

Sebastián Sansón Ferrari – Vatican News

A Fundação do Convento de Santa Clara, a Associação Mensageiros da Paz da Espanha e os Voluntários “Caixa Bank” estabeleceram uma mútua colaboração para permitir a abertura de 17 corredores humanitários para os fugitivos da guerra na Ucrânia: mais de 1.000 pessoas foram acolhidas, entre as quais 60 feridos e 20 doentes de câncer. Além disso, foram enviados ao país cerca de 90 veículos, sobretudo ambulâncias, equipamentos de reanimação e toneladas de remédios e ajuda humanitária.

Na última quarta-feira, 24, após 455 dias do início da invasão russa na Ucrânia, o grupo de colaboradores convocaram governos, organizações e todas as pessoas de boa vontade, sensíveis ao drama daquelas pessoas, a se unir ao desafio de um “Hospital de Campo na Ucrânia”.

A iniciativa foi apresentada pela Irmã Lúcia Caram, argentina, diretora da Fundação do Convento de Santa Clara, durante uma conversa com jornalistas na Praça de São Pedro, que disse: “Este tipo de hospital é essencial para prestar assistência médica imediata às vítimas dos ataques, diminuir o número de mortes, como também para evitar sequelas irreversíveis, uma vez que podem ser rapidamente instalados nas zonas interessadas. Esta operação inclui repartições de cirurgia, centros de cuidados intensivos, laboratórios, salas de radiografia e esterilização.

Conversa com os jornalistas

Nesta mesma quarta-feira, 24, o grupo de colaboração espanhol assinou um acordo, em Zaragoza, para a instalação de um “Hospital de Campo”, como diz a Irmã argentina, que mora há anos na Espanha: “Se a resposta for positiva, será possível também instalar outro hospital de campo”.

Como colaborar?

Fazendo doações para comprar equipamentos completos ou parciais; equipamentos médicos; doação para adquirir aparelhagens para as diversas unidades. Os interessados poderão compartilhar este desafio mediante redes de colaboração.

Para doar: BIZUM 05122

SWIFT/BIC: CAIXASBBXXX

IBAN: ES43 2100 3093 0722 0031 6970

Encontro com o Papa

Conversando com os jornalistas, a Irmã Lúcia Caram firma: "Notei que o Papa Francisco está aflito por esta guerra e pela impotência que gera. Notei que ele está sofrendo e quer fazer alguma coisa. Todas os conflitos lhe causam profunda dor. Mas, esta guerra sangrenta lhe faz sofrer, de modo particular”.

Sobre o encontro com o Santo Padre, a religiosa argentina acrescenta: “O Papa espera que se chegue a uma solução para aliviar os sofrimentos das pessoas. A principal preocupação do Pontífice é a ajuda humanitária. Por isso, ele não se cansa de repetir: 'Não se esqueçam da atormentada Ucrânia', aludindo às numerosas ocasiões que fez apelos nas Audiências Gerais, na oração do Angelus ou Regina Coeli e em toda e qualquer pronunciamento público”.

"Vir a Roma para beber da fonte da paz"

“As pessoas que sofrem pelos efeitos devastadores da guerra, diz a religiosa argentina, têm que ser atendidas imediatamente”. E acrescenta: “A gente vem a Roma para beber da fonte da paz; Francisco é um verdadeiro mensageiro da paz. Ele não cessa de se comprometer diante desta situação de conflito: ele reza sempre, pede orações, exorta o mundo, se encontra com líderes mundiais e acolhe todos, tentando buscar uma mediação para a paz. Ele não se desespera pela falta de paz, mas insiste para que haja ajuda humanitária”.

Em relação à assistência humanitária, a religiosa conclui: “Não podemos deixar que o sofrimento humano passe despercebido e exorta aos governos e organizações internacionais a redobrar seus esforços para dar assistência humanitária, de modo eficiente e equitativo. Comprometemo-nos a continuar a ajudar, para que a tão esperada paz chegue o mais rápido possível".