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Falar com o coração. “Testemunhar a verdade no amor”

Precisamos aprender a comunicar com cordialidade, com a expressão conjunta sentipensante da mente e da profundeza da nossa espiritualidade interna. Trata-se de viver, e testemunhar, uma comunicação de coração e braços abertos, para acolher, compreender e amar.

Dom Roberto Francisco Ferreria Paz - Bispo Diocesano de Campos (RJ)

A mensagem do Papa Francisco, em ocasião do 57o Dia Mundial das Comunicações Sociais, a ser celebrado no 21 de maio deste ano, focaliza um tema muito oportuno, o de falar com o coração e testemunhar a verdade no amor, como afirma São Paulo, aos Efésios, 4,15. Após termos refletido sobre os verbos ver e escutar, na caminhada da Igreja, e no processo sinodal, o terceiro passo é falar com o coração, isto é, com a nossa alma, com toda a integridade e interioridade da nossa pessoa.

Precisamos aprender a comunicar com cordialidade, com a expressão conjunta sentipensante da mente e da profundeza da nossa espiritualidade interna. Trata-se de viver, e testemunhar, uma comunicação de coração e braços abertos, para acolher, compreender e amar.

Sermos capazes de praticar uma comunicação de coração a coração, com espírito de fineza e gentileza, inspirados pelo grandioso apóstolo da bondade e da boa imprensa: São Francisco de Sales, lembrado pelo Papa na Carta Apostólica Totum Amoris Est, onde encontramos a célebre frase: “Basta amar bem, para dizer bem”. Também, se faz referência à experiência de um irmão surdo-mudo, que São Francisco se comunicava naturalmente pela amizade fraterna que os unia.

A comunicação cordial animará, e acompanhará, consequentemente, o processo sinodal, completando a escuta amorosa e profunda, e a instância do discernimento, unindo, com o Espírito Santo, a profecia e gentileza e ternura no falar. Finalmente, e não menos importante, nos ensina e exorta o Papa a desarmar os ânimos nestes tempos de polarizações e fechamentos, escolhendo uma comunicação não violenta, uma linguagem de paz, que aproxime as pessoas e gere confiança entre as partes litigantes, ou em conflito, como encontramos na Encíclica Pacem in Terris, de São João XXIII. Uma cultura de paz, se constrói com palavras, atitudes, e gestos de paz, que promovam o encontro, a proximidade, e o diálogo aberto.

Que o Senhor Jesus, Palavra de verdade e caridade, nos ajude a dizer a verdade, com amor, para sermos guardiães uns dos outros. Deus seja louvado!

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19 maio 2023, 10:03