JMJ Lisboa, dom Manuel Clemente: “não podemos perder esta oportunidade”
Lisboa - Ecclesia
O cardeal-patriarca de Lisboa disse nesta terça-feira (06/06) que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vai ser uma “oportunidade única de acolhimento e projeção no mundo”, para a cidade e o país.
“Não podemos perder esta oportunidade”, disse dom Manuel Clemente, na coletiva de imprensa em que foi apresentado o programa da visita do Papa Francisco, que vai decorrer entre 2 e 6 de agosto.
O patriarca de Lisboa recordou o percurso iniciado no final de 2017, com manifestação de disponibilidade para acolher a próxima edição internacional da JMJ, que representa “uma projeção muito grande” do país, “pelo mundo inteiro”.
Este caminho envolveu “dezenas de milhares de pessoas” ligadas à Igreja Católica e entidades públicas em Portugal, para receber jovens de todo o mundo, numa oportunidade “inédita”, reforçando “a marca Lisboa, a marca Portugal”.
“Não há nada assim, no mundo”, acrescentou dom Manuel Clemente.
O cardeal português apelou ao acolhimento dos peregrinos em ambiente familiar, num momento que “marca uma geração”.
Será a geração de 2023, não tenhamos dúvida disso, porque é muito marcante, muito envolvente, no sentido de uma sociedade mais ecuménica, mais solidária, mais fraterna”
Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, manifestou uma “alegria imensa” por receber a JMJ.
“É um trabalho conjunto, entre todos, no qual dedicamos 24 horas por dia para ter tudo feito. Estamos prontos”, assinalou.
Segundo o autarca, neste momento está concluída a obra no Parque Tejo, que vai ser apresentada ao público a 10 de junho, com um “dia aberto”; o altar que recebe as celebrações finais estará concluído até 9 de julho.
“Foi um trabalho extraordinário”, acrescentou.
Para Carlos Moedas, durante a JMJ, “Lisboa será o palco do mundo”, com a presença de mais de um milhão de peregrinos, deixando um convite aos jovens, para serem “embaixadores” da cidade, inscrevendo-se junto do Município.
O autarca também pediu ainda às famílias que “abram as suas casas” para acolher peregrinos.
O Vaticano divulgou hoje o programa da próxima viagem do Papa a Portugal, de 2 a 6 de agosto, para presidir à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 adiantou que a agenda inclui um encontro com vítimas de abusos sexuais, de forma privada, para “salvaguardar” as pessoas envolvidas.
A iniciativa, destacou D. Américo Aguiar, surge em resposta à vontade manifestada pelo Papa e pelos responsáveis católicos em Portugal, insistindo na necessidade de “preservar a imagem e o bom nome” das vítimas.
Francisco, que vai passar por Fátima a 5 de agosto, tem encontros previstos com estudantes, refugiados e moradores de um bairro social, além de autoridades políticas e representantes da sociedade civil.
D. Américo Aguiar desvalorizou as últimas notícias sobre a saúde do Papa, com 86 anos de idade, que esta manhã se deslocou ao Hospital Gemelli, de Roma, para a realização de exames de rotina.
O bispo auxiliar de Lisboa precisou que o encontro com os jovens universitários, a 3 de agosto, na Universidade Católica Portuguesa, vai ter como temáticas a ecologia integral, a partir da encíclica ‘Laudato Si’ (2015); a fraternidade humana, inspirada pela encíclica ‘Fratelli Tutti’ (2020); o projeto ‘Economia de Francisco’; e o ‘Pacto Educativo Global’, lançado pelo Papa em 2020.
Dom Américo Aguiar destacou o “legado único” que vai ser deixado pela JMJ em Lisboa, pelo novo Parque Tejo, onde deverá acontecer a “concentração maior” de peregrinos, nos eventos conclusivos, admitindo “constrangimentos” decorrentes da presença desta multidão, entre peregrinos e participantes não-inscritos.
O responsável falou do trabalho nas áreas dos transportes e de segurança, desejando que, no caso espanhol, país com mais peregrinos inscritos até ao momento, seja possível obter “informação antecipada”.
O tema da JMJ Lisboa 2023 é ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’, uma passagem do Evangelho segundo São Lucas (Lc 1,39).
O encontro mundial, que Portugal recebe pela primeira vez, inclui na sua programação um conjunto de eventos religiosos, culturais e desportivos.
Cada JMJ realiza-se, anualmente, em nível diocesano (inicialmente no Domingo de Ramos e atualmente na solenidade litúrgica de Cristo-Rei), alternando com um encontro internacional a cada dois ou três anos, numa grande cidade; até hoje houve 36 JMJ, com 14 edições internacionais, em quatro continentes, e sete dessas edições decorreram na Europa.
No contexto do próximo Ano Santo, está prevista a celebração de um Jubileu da Juventude, em Roma, de 28 de julho a 3 de agosto de 2025; a próxima JMJ vai decorrer em 2027.
Fonte: Agência Ecclesia
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