Custódia da Terra Santa: conservação do piso da Basílica do Santo Sepulcro

Lurdinha Nunes - Jerusalém

Os santuários da Terra Santa continuam recebendo peregrinos de todo o mundo.

O lugar mais visitado é certamente a Basílica do Santo Sepulcro por onde passam centenas de peregrinos todos os dias. Depois dos trabalhos de restauro da Edícula, eram necessários e urgentes os trabalhos de restauro e conservação do piso. No dia 27 de junho foram concluídas as obras na área em frente à Edícula, de acordo com o programa de restauração.

As investigações arqueológicas nesta área, realizadas pelo Departamento de Ciências da Antiguidade da Universidade Sapienza de Roma, sob a direção da professora Francesca Romana Stasolla, revelaram-se surpreendentes. Em um comunicado da Custódia da Terra Santa, juntamente com as demais comunidades responsáveis, as confirmações e as principais novidades que surgiram.

Conservação do piso da Basílica do Santo Sepulcro

Frei AMEDEO RICCO,ofm- Arqueólogo Studium Biblicum Franciscanum - Jerusalém

Graças às escavações em frente à Edícula e a uma limpeza arqueológica no interior, vieram a luz os níveis do século IV: a entrada da Edícula do século IV através dos seus degraus e as divisões litúrgicas como balaústres ou portões. A peregrina Egéria (cerca de 383 d.C) já havia descrito estas entradas: nestes locais a investigação arqueológica pode por vezes ser relacionada com os escritos dos antigos peregrinos.

As trabalhos são realizados em um ciclo contínuo, dia e noite.

Frei AMEDEO RICCO, ofm- Arqueólogo Studium Biblicum Franciscanum - Jerusalém

Um depósito de moedas permite agora datar melhor o fim das obras de decoração da Rotunda e do seu piso: 378/379 d.C. aproximadamente. Isso significa que as obras foram muito longas, durando décadas.

Foi descoberta e documentada parte do fundo de uma câmara funerária, preenchida e sistematizada para facilitar o acesso dos peregrinos desde o início do período paleocristão.

Significa, como se pode deduzir do comunicado, que o local monumentalizado e disponibilizado para o culto dos peregrinos era realmente uma câmara funerária em todos os aspectos.  O que até então era considerado apenas um dado da tradição, agora parece ser confirmado pela arqueologia.

Sábado, 15 de julho, diante da Edícula do Santo Sepulcro, a comunidade da Custódia da Terra Santa de Jerusalém se reuniu para a solenidade da Dedicação da Basílica, centro do coração e do caminho de cada peregrino na Terra Santa.

Conservação do piso da Basílica do Santo Sepulcro

Frei IBRAHIM FALTAS, ofm- Vigário da Custódia da Terra Santa  

O Santo Sepulcro não é um Túmulo, mas uma Ressurreição... por isso gosto de chamá-la "Igreja da Ressurreição". O Evangelho de São Lucas de hoje diz que elas são as primeiras a levar este anúncio ao mundo inteiro. O papel das mulheres na Igreja é muito importante por tudo o que elas fizeram. Por isso as mulheres do Evangelho são verdadeiras discípulas de Cristo, fizeram o que Jesus pediu, sempre estiveram com Ele e o seguiram até o fim.

Para Fr. Amedeo "Agora, todo o piso de 1800 que está dentro da Edícula foi restaurado, reposicionado e depois desta semana muito difícil de trabalho intenso, tudo voltou à normalidade, sendo reaberta para visitas de peregrinos de todo o mundo”.