Diocese de Campina Grande, na Paraíba: cripta da catedral é inaugurada em ano jubilar
Vatican News
A cripta da Catedral de Nossa Senhora da Conceição em Campina Grande, na Paraíba, foi inaugurada e abençoada pelo bispo diocesano dom Dulcênio Fontes de Matos. Desde às 6h da manhã da última segunda-feira, 14 de agosto, a catedral já estava aberta para visitação dos restos mortais dos bispos dom Manuel Pereira e dom Luís Gonzaga Fernandes que foram exumados e colocados em duas urnas diante do altar. No decorrer de todo o dia foram realizadas seis missas com os padres que foram ordenados por esses dois prelados. Às 16h, aconteceu a missa solene presidida por dom Dulcênio Fontes de Matos, concelebrada pelo bispo emérito de Palmares-PE e vigário geral da Arquidiocese de Maceió-AL, dom Genival Saraiva, demais padres concelebraram, reunindo diáconos, seminaristas, religiosos, autoridades civis, familiares, prelados falecidos e demais fiéis que lotaram as dependências da Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
A homilia foi proferida por dom Genival que destacou ser um dia marcante para toda a história da diocese, referenciando os nomes dos bispos já falecidos e apontando que cada um teve um protagonismo importante para cada época da diocese. Ao falar do terceiro e quarto bispo, dom Manuel e dom Luís, cujos restos mortais estavam depositados em urnas, dom Genival destacou que a partir de uma realidade finita do ser humano, seria possível vislumbrar a ressurreição em Jesus Cristo.
“Hoje rezamos por dom Manuel e dom Luís, e ao fazermos uma leitura da morte, sempre a lemos com um olhar da memória e com a esperança na ressurreição. Dom Luís faleceu em 2003 e dom Manuel em 2006, que eles estejam contemplando o rosto de Deus, o Deus fiel que retribui a cada um, segundo as suas obras, conforme João escreve no Apocalipse”, disse.
Ainda destacou que a fé na ressurreição em Jesus é o fundamento da fé cristã:
“Transladar os restos mortais dos dois prelados para a cripta tem um significado muito importante. Lá rezaremos a santa missa em favor das almas desses queridos pastores e de todos os falecidos da nossa Igreja diocesana; lá também faremos, diariamente, a adoração a Jesus Sacramentado; lá, os penitentes serão reconciliados. Na cripta, nós nos lembraremos sempre que a nossa vida está nas mãos de Deus e que nenhum tormento nos atingirá”, disse por sua vez o vigário geral, Pe. Luciano Guedes.
O bispo de Campina Grande, inicialmente, agradeceu a Deus por tudo o que a diocese tem vivenciado nessa programação festiva voltada ao jubileu e disse ser um momento de muita graça para todo povo. Acerca da cripta, destacou ser um lugar sagrado aonde as pessoas encontrarão a misericórdia e o amor de Deus: “encontrar descanso em Deus, estas são as palavras que ecoam nas paredes da nossa cripta, santo lugar, nos enchendo de gozo. Na cripta encontrarão descanso, a paz e serenidade do amor divino, esconderijo no peito de Jesus. A partir de hoje, encontraremos abrigo no fiel descanso, lugar de oração e de confissão”. E acrescentou: “exultemos com o salmo que diz, a ‘minha alma tem sede de Deus e deseja o Deus vivo’, e visitando a cripta com a presença dos restos mortais dos bispos da nossa diocese, rezem com afeto, pois somos convidados a renovar, com coragem e com força, a nossa fé na vida eterna, a viver com essa grande esperança e testemunhá-la ao mundo. A fé na vida eterna confere ao cristão a coragem de amar”.
A inauguração da cripta no jubileu
Ao visitar igrejas católicas maiores, particularmente catedrais ou basílicas, geralmente há uma área chamada de cripta. Refere-se a uma capela, normalmente localizada abaixo do corpo principal da uma igreja. O vocábulo deriva do grego kryptein (esconder-se).
A recém inaugurada na catedral servirá para sepultar e fazer memória dos bispos diocesanos falecidos, bem como celebrar diariamente a santa missa em favor das almas; realizar perpetuamente a adoração ao Santíssimo Sacramento para o consolo dos fiéis; oferecer a confissão para a reconciliação dos penitentes; será um espaço sagrado voltado à espiritualidade. De acordo com o arquiteto responsável, a arquitetura pode ser considerada contemporânea com influência e traços da arquitetura neoclássica. O lugar sagrado será para a diocese de Campina Grande, bem como para toda a cidade, um espaço de evocação histórica.
Colaboração: Ascom | Pe. Márcio Henrique
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