Dom Cipolini: Homens e mulheres à mesa em virtude do batismo
Dom Luiz Antonio Cipolini,- Bispo de Marília
No texto, os representantes da fé católica em todo o mundo nos afirmam que durante as atividades sinodais foram sustentados pelas orações das comunidades e que, nos trabalhos, levaram em consideração as expectativas, os questionamentos e os receios de todos aqueles que, nas dioceses do globo, incluindo a Diocese de Marília (SP), participaram do processo de escuta proposto pelo Sínodo.
A Carta evidência que a experiência de quase um mês de atividade foi sem precedentes, pois pela primeira vez, “a convite do Papa Francisco, homens e mulheres foram convidados, em virtude do seu batismo, a sentarem-se à mesma mesa para participarem não só nos debates, mas também nas votações desta Assembleia do Sínodo dos Bispos”.
Durante as reflexões, de Roma, as riquezas e os problemas das comunidades católicas de todo o globo foram partilhados, humildemente, “procurando discernir aquilo que o Espírito Santo quer dizer à Igreja hoje”. As problemáticas de um mundo em crise, como a guerra, foram apontadas no texto como o contexto pelo qual a Assembleia decorreu e, seus participantes, se comprometeram à solidariedade para com quem sofre. A Carta explica que, a convite do Papa Francisco, a Assembleia conservou “um importante espaço ao silêncio” para favorecer entre os pares a escuta respeitosa e o desejo de comunhão no Espírito Santo.
Nos trabalhos, os participantes sentiram um constante apelo à conversão pastoral e missionária. Perguntados sobre o que esperavam da Igreja por meio do Sínodo, alguns irmãos moradores de rua próximos à Praça de São Pedro responderam: “Amor!”. Sim, escreveram os participantes no texto: “este amor deve permanecer sempre no coração ardente da Igreja, o amor trinitário e eucarístico”.
Sobre a segunda sessão do Sínodo que acontecerá em outubro do próximo ano, a Carta deixa clara a vontade de que todos participem concretamente no dinamismo de comunhão missionária que sugere a palavra “sínodo” para que a Igreja possa continuar escutando a todos, a começar pelos mais pobres e, assim, progredir no discernimento proposto. O esforço de sinergia da missão compartilhada da Igreja é indicado como necessário para que a comunidade eclesial corresponda ao que Deus espera de nós neste terceiro milênio.
Por isso, peço a todos nós da Diocese de Marília, ministros ordenados, religiosos e fiéis leigos: rezemos pela continuidade da Assembleia Sinodal e continuemos, juntos, no caminho de comunhão, participação e missão, indicado pelo Papa Francisco.
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