Em oração com o Patriarca Ortodoxo pelas vítimas do bombardeio à Igreja em Gaza

Simone Tropea- Jerusalém

Na manhã de domingo, 22 de outubro, na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, os líderes das Igrejas da Terra Santa, entre eles o Delegado Apostólico para Jerusalém, S.E. Dom Adolfo Tito Yllana, Fr. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa e também autoridades civis reuniram-se mais uma vez, elevando uma oração de sufrágio pelas 17 vítimas do bombardeio que, dois dias antes, em 19 de outubro, atingiu a Igreja Ortodoxa de São Porfírio em Gaza.

Na liturgia presidida pelo Patriarca Grego Ortodoxo de Jerusalém, juntamente com um grupo de metropolitas, presbíteros e diáconos e todo o povo de Deus, as igrejas cristãs pediram mais uma vez o dom da paz, lamentaram os seus mortos, manifestando proximidade mútua e carinho, sobretudo demonstrando comunhão de intenções na firme decisão de fazer ouvir a própria voz para que os governos sejam sensíveis ao clamor das vítimas, ao sofrimento dos últimos e dos inocentes, nos quais se renova o mistério de Cristo Crucificado.

A oferta da kollivah, abençoada pelo Patriarca Teófilo, doce típico que os familiares dos falecidos oferecem na liturgia de sufrágio, encerrou a celebração deixando, no entanto, intacta a amargura que as igrejas vivem nestes dias difíceis, como disse o Vigário Custodial da Terra Santa, Padre Ibrahim Faltas.

Fr. Ibrahim Faltas, ofm- Vigário Custodial

É o momento oportuno para toda a comunidade internacional encontrar uma solução para este problema do Oriente Médio. Aqui em Jerusalém, como podem ver, o Santo Sepulcro está vazio, Jerusalém deserta, não há peregrinos. Agora deveria haver uma fila enorme para ir ao túmulo, mas está tudo deserto, não há ninguém nas ruas, as pessoas estão com muito medo. E digo também que todos estão concentrados em Gaza, mas também na Cisjordânia, hoje, de manhã até agora, houve mais 5 mortes e muitos feridos. Esperamos realmente que desta vez a comunidade internacional se interesse seriamente em encontrar uma solução possível. Os cristãos de todo o mundo estão sempre perto de nós, sempre ao nosso lado, estão rezando, estão fazendo de tudo. Acredito que eles pedirão aos seus governantes que intervenham seriamente. Para que se encontre uma solução para este problema.