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Um visitante presta homenagem ao túmulo de um soldado no cemitério nacional em Seul, Coreia do Sul, em 23 de junho de 2024, dois dias antes do 74º aniversário da eclosão da Guerra da Coreia. EPA/YONHAP Um visitante presta homenagem ao túmulo de um soldado no cemitério nacional em Seul, Coreia do Sul, em 23 de junho de 2024, dois dias antes do 74º aniversário da eclosão da Guerra da Coreia. EPA/YONHAP  (ANSA)

Coreia: escolher o caminho do perdão e da reconciliação em vez do ódio e do ressentimento

Desde 1965, a Conferência dos Bispos Católicos da Coreia observa o dia 25 de junho como o “Dia de Oração pela Igreja em Silêncio”. Em 1992, o seu nome foi mudado para “Dia de Oração pela Reconciliação e Unidade do Povo Coreano”.

Na véspera do 73º aniversário da Guerra da Coreia, o arcebiso Peter Soon-taick Chung, da Arquidiocese de Seul, faz um apelo por um renovado ompromisso com a paz e a reconciliação, sublinhando que é crucial não transmitir um legado de ódio às gerações futuras.

Durante a sua homilia na Santa Missa do “Dia de Oração pela Reconciliação e Unidade do Povo Coreano”, celebrada na Catedral de Myeongdong, o arcebispo Chung observou que “mesmo que a situação entre as duas Coreias possa parecer sombria, nós, como cristãos, não podemos permanecer no desespero. Em vez disso, é precisamente nesta era de animosidade crescente que a nossa oração pode iluminar este tempo com uma luz maior”.

Ele enfatizou ainda os ensinamentos de Jesus, recordando que ele próprio "mostrou que a paz não pode ser alcançada por meio de uma abordagem olho por olho. A paz só pode ser alcançada por meio do diálogo", exortando os fiéis a rezarem não pela transformação do outro, mas pela determinação de imitar a misericórdia e a paciência ilimitadas de Deus, escolhendo o caminho da paz.

 

Refletindo sobre a resiliência do povo coreano, o arcebispo afirmou que “o nosso povo manteve a esperança de que poderíamos superar a pobreza, o que levou ao nosso desenvolvimento econômico, e a esperança de que poderíamos superar a ditadura, o que levou à conquista da democracia. Agora, devemos nutrir uma nova esperança de que podemos superar a divisão. Esta esperança certamente trará a verdadeira paz à Península Coreana.”

Concluindo a sua homilia, o arcebispo Chung fez um apelo a todos os que vivem na Península Coreana para “escolherem o caminho do perdão e da reconciliação em vez do caminho do ódio e do ressentimento”.

Desde 1965, a Conferência dos Bispos Católicos da Coreia observa o dia 25 de Junho como o “Dia de Oração pela Igreja em Silêncio”. Em 1992, o seu nome foi mudado para “Dia de Oração pela Reconciliação e Unidade do Povo Coreano”.

A Arquidiocese de Seul criou o Comitê para a Reconciliação do Povo Coreano em 1995, assinalando o 50º aniversário da Libertação. Todas as terças-feiras às 19h, na Catedral de Myeongdong, o comitê promove a celebração de Missas e encontros de oração para compartilhar a paz. Até hoje, foram celebradas 1.413 Missas, o que revela a dedicação duradoura do Comitê em nutrir a paz e a unidade por meio da oração e da reflexão.

O Comitê também gere vários projecos de educação e pesquisa, apoia programas para norte-coreanos e desertores e organiza peregrinações a zonas fronteiriças no âmbito do programa “Ventos da Paz”.

*Com Comitê de Comunicações da Arquidiocese de Seul

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24 junho 2024, 11:08