Missa pela Paz em Paris marca início de trégua olímpica
Andressa Collet - Vatican News
A trégua olímpica proposta pelas Nações Unidas já foi reforçada para ser aceita inclusive pelo Papa Francisco há mais de um mês através do prefácio do livro "Jogos de Paz", de Vincenzo Parrinello: “sim, hoje a minha esperança é que o apelo por uma trégua desencadeada pela linguagem popular olímpica comum, compreensível para todos, em todas as latitudes, possa ser aceito”. O Pontífice, assim, acredita que o "autêntico espírito olímpico e paralímpico" com as suas "histórias humanas de redenção e fraternidade" possa ser um "canal diplomático original" e um "antídoto" para pôr fim à violência e à guerra que continuam, sobretudo na Ucrânia. Nas últimas 24 horas, os confrontos mais pesados foram registrados na região de Donetsk, onde vinte ataques foram repelidos, segundo informou o Ministério da Defesa de Kiev. Durante a noite, as forças ucranianas anunciaram um alerta aéreo na maioria das regiões do país.
Missa pela Paz no início da trégua olímpica
A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris, na França, será realizada no dia 26 de julho, mas, uma semana antes, na próxima sexta-feira (19/07), começa a contar o período que prevê o respeito à trégua olímpica, quando também será realizada uma "Missa pela Paz". A celebração eucarística, que começa às 10h do horário local na Igreja da Madalena, perto da Praça da Concórdia em Paris, será presidida pelo arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico na França; e concelebrada por dom Laurent Ulrich, arcebispo de Paris, e dom Emmanuel Gobilliard, bispo de Digne e também delegado da Conferência Episcopal Francesa para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional, assim como diplomatas e personalidades do esporte também devem se fazer presentes. A proposta da "Missa pela Paz" partiu da Conferência Episcopal Francesa, da Arquidiocese de Paris e da equipe Holy Games.
A trégua olímpica dos Jogos de Paris, votada pelas Nações Unidas em novembro de 2023, começa uma semana antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos (26 de julho) e termina uma semana após o término das Paralimpíadas (8 de setembro), ou seja, de 19 de julho a 15 de setembro. A resolução para a trégua foi intitulada “Construir um mundo pacífico e melhor por meio do esporte e do ideal Olímpico”. Segundo António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, "o espírito Olímpico é o símbolo mais importante de paz neste mundo que vê tantos conflitos, tantas vítimas. O espírito Olímpico permite que pessoas possam estar juntos em todo o mundo, respeitem umas às outras, atendendo temas de tolerância e de compreensão mútua. Estes tornam possíveis os elementos básicos da paz".
As Olimpíadas de Paris
A edição de Paris promete ser histórica pela estreia de novas modalidades - como breakdance e caiaque cross - e também pelo cerimonial de abertura inusitado: o comitê organizador optou por dar as boas-vindas fora dos estádios, já que as delegações vão desfilar em 140 barcos pelo Rio Sena num percurso de 6 Km. Os atletas vão passar por pontos importantes da capital francesa como a própria Catedral de Notre Dame, que vai ganhar homenagem em sua reabertura cinco anos após o incêndio ocorrido em 15 de abril de 2019 que destruiu boa parte da estrutura.
A previsão do Comitê Olímpico Internacional (COI) é que 1,5 bilhão de pessoas acompanhem os Jogos Olímpicos em todo o mundo. O evento vai contar com a participação de 10.500 atletas e resulta na primeira edição dos Jogos a alcançar a igualdade de gênero: pela primeira vez na história, o número de mulheres será igual ao de homens, sendo 5.250 de cada gênero. "Olimpíadas e Paralimpíadas são oportunidades para a paz", reiterou o Papa Francisco no prefácio do livro sobre os jogos de paz.
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