Inundações na Nigéria: apelo da Diocese de Maiduguri por oração e ajuda material

Maiduguri, capital do Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, foi invadida pelas águas no dia 10 de setembro, após o rompimento da represa Alau, que fica a cerca de 20 km ao sul da cidade, devido às chuvas que caem incessantemente na região desde o final de agosto. Os afetados passam de 1 milhão.

“A gravidade da enchente superou em muito as estimativas do governo e de todos nós, tornando-a a mais catastrófica em Maiduguri em mais de três décadas” afirma um relatório enviado à Agência Fides pela diocese de Maiduguri, capital do Estado de Borno, em nordeste da Nigéria, atingido pelas inundações causadas pelo rompimento da barragem de Alau.

“A dimensão sem precedentes das inundações apresentou desafios que vão além das nossas experiências anteriores, uma vez que mais de metade da cidade está submersa. Houve várias mortes e propriedades avaliadas em milhares de milhões de nairas foram destruídas”, afirma o relatório, segundo o qual mais de um milhão de pessoas foram atingidas pelas cheias, das quais 410 mil foram deslocadas.

 

“A enchente, que começou no final de semana e se agravou nos dias seguintes, foi causada pelo excesso de água que chegou à barragem de Alau. O colapso dos vertedouros desencadeou um aumento significativo de água a jusante, causando inundações generalizadas nas comunidades vizinhas. Estão em curso esforços por parte do governo e das agências competentes para evacuar e reassentar os residentes nas áreas atingidas e para garantir o fornecimento de alimentos, abrigo e cuidados médicos, mas a situação continua angustiante. Os campos para deslocados que tinham sido oficialmente fechados pelo governo foram reabertos para acomodar as pessoas que perderam as suas casas nas cheias."

“No que tange à Igreja Católica, o Secretariado diocesano e a Catedral de São Patrício estão todos inundados. Também foram gravemente atingidas as Paróquias St. John Custom, St. Michael Railway e St. Augustine Gwange. Embora ainda estejamos avaliando a dimensão da catástrofe, estimamos que mais de 20.000 fiéis católicos foram afetados naquelas paróquias, o equivalente a cerca de 3.000 famílias."

“Mais de 40% da cidade ainda está submersa. A extensão da perda de vidas e propriedades é difícil de determinar. Medidas estão sendo tomadas e dados estão sendo coletados para uma categorização precisa e detalhada das perdas”.

O relatório conclui com um apelo à solidariedade: “Que Deus Todo-Poderoso nos ajude a superar esta catástrofe e a aliviar todo o nosso sofrimento. Pedimos orações especiais pelas famílias e por todos os atingidos pela enchente, para que Deus lhes dê força e consolo. Pedimos também apoio financeiro para permitir que a Diocese apoie as vítimas das enchentes. As necessidades mais urgentes são alimentação, assistência médica/higiene e abrigo temporário”.

*Agência Fides

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17 setembro 2024, 10:19