2024.10.14 II Congresso da Escola Católica_Portugal_2024

II Congresso da Escola Católica em Portugal: que não demore mais 20 anos para acontecer

A declaração é do presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé que deu “tarefa de casa” aos educadores reunidos em Fátima, pedindo reflexão sobre a identidade e a formação oferecida pelas escolas católicas. Dom António Azevedo também lembrou um pedido recente do Pontífice: "o Papa Francisco, que foi professor de Literatura, pede para fazer alguma coisa para fomentar a leitura nos nossos alunos. É o pedido do Papa. Transmito e partilho também convosco esta preocupação".

Vatican News

Dom António Augusto Azevedo pediu aos participantes do II Congresso da Escola Católica, realizado nos dias 10 e 11 de outubro em Fátima, em Portugal, que não permitam que a próxima reunião magna “demore 20 anos”. O bispo de Vila Real desejou que se reflitam sobre questões estruturantes para as instituições de ensino da Igreja: “o primeiro congresso foi há 20 anos. Deixo um desafio muito simples: não vamos esperar outros 20 anos para o próximo congresso. Num prazo razoável, quatro, cinco anos, possamos reencontrar-nos novamente para celebrarmos o caminho realizado”.

Mostrando-se disponível “para todos os desafios que nos trouxerem”, o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé desejou que “a questão da sustentabilidade das escolas esteja salvaguardada” e pediu uma reflexão aprofundada sobre a “identidade de cada instituição e projeto”. “Com a falta de vocações das congregações religiosas, como estamos a preparar as lideranças laicas das escolas?”, interrogou.

O também bispo de Vila Real pediu atenção “à formação de docentes” num tempo em que “muitas escolas públicas passam por dificuldades com a falta de professores”. “A este nível, e em bom tempo, o Secretariado Nacional de Educação Cristã iniciou um forte investimento no apoio à formação dos docentes de EMRC”, indicou.

Esperando o III Congresso

Até ao III Congresso, dom António Augusto Azevedo deixou o que apelidou de “tarefas de casa”, em contexto acadêmico e que passam pela reflexão à volta do tema de: “como conciliar na escola católica qualidade de ensino, princípios éticos e educativos básicos, que nunca podemos prescindir, e inovação pedagógica?”, questionou. “Se a questão ética e a formação integral são fundamentais, e contamos com a Educação Moral e Religiosa Católicas nas escolas do estado quanto mais não devemos priorizá-las nas nossas escolas católicas”, apelou. “Como garantir uma formação integral e de qualidade aos nossos alunos e o espaço da Educação Moral e Religiosa Católica nas escolas católicas?”, interrogou. Para o prelado é fundamental o estabelecimento de uma maior “cooperação entre escolas católicas” e formas de “reforçar a relação das escolas com a comunidade cristã”.

No final da sua intervenção, dom António Augusto Azevedo lembrou o pedido recente do Papa Francisco a que se fomente a literatura na formação inicial dos alunos:

“O Papa Francisco, que foi professor de Literatura, pede a todos nós, escolas católicas, para fazer alguma coisa para fomentar a leitura nos nossos alunos. É o pedido do Papa. Transmito e partilho também convosco esta preocupação.”

O II Congresso da Escola Católica em Fátima foi promovido pela Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) e o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC), e reuniu cerca de 350 educadores católicos sob o tema «Identidade e Pacto num mundo global».

Colaboração: Educris

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14 outubro 2024, 08:15