Ouro, incenso e mirra: a expressão da manifestação do Senhor
Fagner Lima – Vatican News
A Solenidade da Epifania do Senhor, celebrada neste dia 6 de janeiro, nos recorda a manifestação de Jesus Cristo a todos os povos e nações, representados na figura dos Magos. Em sua homilia durante a Missa desta liturgia, celebrada na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco recordou que os Magos, no presépio, são representados:
Sobre eles, pouco foi escrito. São mencionados apenas no Evangelho de Mateus: “Eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém” (Mt 2,1). A tradição narra que seus nomes eram Belchior, Gaspar e Baltazar, originários da Babilônia, Pérsia e Arábia.
Nós vimos a sua estrela
Padre Técio Andrade Lima, doutorando em Sacra Liturgia em Roma, recorda que os Magos eram estudiosos que, ao estudarem os astros, descobriram uma "estrela diversa" e foram em sua procura. Em meio a essa busca, encontraram o Filho de Deus encarnado e envolto em faixas. "Esses três Magos mostram a capacidade que cada coração humano tem de procurar Deus, de procurar o transcendente."
O sacerdote enfatiza a associação "de modo muito estreito" das Solenidades da Epifania e do Natal. "Se, na liturgia do dia de Natal, foram os pastores os personagens que foram até Belém para contemplar o menino, nesta solenidade são outros três personagens: os Magos, três estudiosos." Deste modo a liturgia recorda que todos buscam Deus, desde os mais simples, como os pastores, até os mais estudiosos, como os Magos.
Viemos adorá-lo
O gesto de adoração e a oferta de presentes ao Menino Deus são carregados de simbolismo e de "uma profundidade muito grande", destaca o clérigo, que recorda o verdadeiro sentido de cada um deles. O ouro indica a realeza de Cristo: "Oferecer ouro a alguém, e neste contexto, a um pobre em uma gruta, é dizer que aquele menino é rei, tem uma realeza."
A divindade de Jesus é simbolizada pelo incenso, pois "na cultura oriental, oferecia-se incenso a Deus". Assim, os Magos, vindos do Oriente, ao chegarem em Belém, reconhecem que aquele é o Emanuel o Deus que se encarnou e habitou no meio de nós.
Por fim, a mirra indica a morte, destaca o presbítero, recordando que a festa da Epifania, onde Cristo se manifesta como Salvador de todos os povos, está vinculada ao mistério da Páscoa. "Por isso, na Solenidade da Epifania, nós temos o anúncio da Páscoa, porque essa salvação virá por meio da cruz, da sepultura e da ressurreição. Anunciamos já na Epifania que aquele que se manifestou, será crucificado, morto e ressuscitará." Conclui o sacerdote.
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