Com essa decisão, cerca de 200 mil salvadorenhos beneficiários do Status serão repatriados Com essa decisão, cerca de 200 mil salvadorenhos beneficiários do Status serão repatriados 

Solidariedade dos bispos estadunidenses a cidadãos salvadorenhos

Instituído em 1990, o Status de Proteção Temporária protege 400 mil pessoas de 13 países atingidos por calamidades naturais, residentes nos Estados Unidos com ou sem documentos.

Cidade do Vaticano

Os bispos estadunidenses divulgaram uma nota sobre a decisão do Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos de não renovar o Status de Proteção Temporária (TPS) aos cidadãos salvadorenhos residentes no país.

“Uma notícia triste”, disse o presidente da Comissão para os Migrantes da Conferência Episcopal Estadunidense, cardeal Joe Vásquez, a propósito da decisão do organismo governamental anunciada nesta segunda-feira (08/01).

O Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos concedeu dezoito meses de tempo aos beneficiários salvadorenhos do Status de Proteção Temporária para continuarem vivendo legalmente no país. 

Solidariedade dos bispos estadunidenses a cidadãos salvadorenhos

Instituído em 1990, o Status de Proteção Temporária protege 400 mil pessoas de 13 países atingidos por calamidades naturais, residentes nos Estados Unidos com ou sem documentos. El Salvador obteve o Status de Proteção Temporária depois dos terremotos de 2001. 

Com essa decisão, cerca de 200 mil salvadorenhos beneficiários do Status serão repatriados, com consequências prejudiciais para El Salvador, que não é capaz de suportar um retorno maciço de pessoas, e para as milhares de famílias interessadas.

“Esta decisão irá fragmentar as famílias estadunidenses, deixando mais de 192 mil crianças, cidadãs estadunidenses beneficiárias do Status de Proteção Temporária, com um futuro incerto. As famílias serão separadas inutilmente por causa dessa resolução”, sublinha dom Vásquez no texto.

Os bispos fazem um apelo ao Congresso dos Estados Unidos a fim de “trabalhar de forma bipartidária para encontrar uma solução legislativa, a longo prazo, aos beneficiários do Status de Proteção Temporária”. 

Sem essa interferência, suas vidas “serão abaladas e muitas famílias arruinadas”. 

Por fim, dirigindo-se aos beneficiários do Status de Proteção Temporária, os bispos reiteram na nota sua solidariedade: “Prometemos continuar sendo solidários, rezar por vocês, suas famílias, e por todos os que são deslocados ou obrigados a fugir de suas casas.”

 

 

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09 janeiro 2018, 15:33