Presidente dos bispos do Sudão do Sul saúda Acordo de paz no país
Cidade do Vaticano
“A visita ad Limina ao Papa Francisco gerou o milagre da assinatura do acordo de paz no Sudão do Sul”, escreveu o bispo sul-sudanês de Tombura-Yambio e presidente da Conferência episcopal que reúne os bispos do Sudão e Sudão do Sul, Dom Barani Eduardo Hiiboro Kussala, numa mensagem publicada ao retornar da visita.
“Enquanto estávamos ainda em Roma, reunidos com o Santo Padre, em 12 de setembro os líderes políticos sul-sudaneses assinaram o documento final dos acordos para a paz. É algo que se pode quase definir um milagre em sentido espiritual”, afirma o prelado.
Incessante ação do Papa pela paz no Sudão do Sul
“Desde o dia em que eclodiu uma das guerras mais longas e insensatas, o Santo Padre jamais deixou de rezar, de lançar apelos e de trabalhar pelo fim do conflito no Sudão do Sul. Se o acordo de paz foi assinado enquanto estávamos sob seu manto paterno, podemos bem dizer que foi um milagre!”
É compreensível o entusiasmo de Dom Barani Eduardo, considerando que numa recente entrevista à agência missionária Fides havia expresso reservas diante das dificuldades de se alcançar um entendimento definitivo para dar fim à sangrenta guerra civil eclodida em dezembro de 2013 no mais jovem país africano.
Acordo alcançado e assinado em Adis-Abeba
O acordo foi assinado em 12 de setembro na capital etíope Adis-Abeba pelo presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, e pelo líder rebelde, o ex-vice-presidente Riek Machar. Entre outros, o acordo prevê que Machar reassuma o encargo de vice-presidente.
Em sua mensagem o presidente dos bispos expressa reconhecimento às partes sul-sudanesas e aos líderes regionais reunidos no Igad – Autoridade intergovernamental sobre o desenvolvimento –, em particular, os do Sudão, Uganda, Quênia e Etiópia, que mediaram pelo alcance do acordo.
Dificuldades a serem superadas
O bispo de Tombura-Yambio reconhece, porém, as dificuldades a serem ainda superadas como “uma certa falta de transparência e a exclusão de outras partes que dizem respeito ao processo”.
“Pedimos a todas as partes que se abstenham do uso de uma linguagem incendiária e intimidadora. As partes em conflito devem demonstrar com suas ações e com as palavras que se empenham pela paz.”
Sudão e Sudão do Sul, construir juntos um futuro melhor
Dom Barani Eduardo conclui lançando um apelo aos “povos do Sudão e do Sudão do Sul a tecer uma rede no sentido de construir um futuro melhor para ambas as nações”.
(Fides)
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