Nicarágua. Bispos apoiam retomada do diálogo e esperam convite
Patricia Ynestroza – Cidade do Vaticano
Os bispos da Conferência Episcopal da Nicarágua, reuniram-se em uma sessão extraordinária na última segunda-feira (04/03), para refletir sobre o encontro para a proteção dos menores, realizado em Roma de 21 a 24 de fevereiro passado. Na ocasião os bispos falaram também da retomada do Diálogo nacional entre o governo e a oposição. Conversações às quais o cardeal Leopoldo Brenes participou apenas no primeiro dia. Na reunião, o cardeal disse que os bispos estavam prontos para participar das negociações, mas não receberam nenhum sinal do governo. Porém, o episcopado continua a apoiar as negociações e espera um convite oficial.
“Neste momento histórico – afirmam os bispos – a nossa maior contribuição como Pastores desta Igreja peregrina na Nicarágua, continuará a ser o de acompanhar os sofrimentos, as esperanças e as alegrias da população e de elevar orações para que a Nicarágua encontre uma solução pacífica em vista do bem comum. O representante da Igreja e da Santa Sé na mesa de negociações - que retomaram em dia 4 de março em Manágua – é o núncio apostólico, dom Waldemar Stanislaw Sommertag.
Oração pela paz, especialmente neste tempo de Quaresma
No comunicado, os bispos citam as palavras do Papa Francisco quando lhes disse que é necessário “saber projetar uma cultura que privilegie o diálogo como forma de encontro, a busca do consenso e do acordo, para chegar a uma sociedade mais justa e sem exclusões”. Mais uma vez pedem ao Povo de Deus para “intensificar as orações e jejuar pela paz” no país, especialmente neste período quaresmal que está para iniciar.
Quarta sessão de negociações
O governo da Nicarágua e a oposição da Aliança Cívica e Democrática, iniciaram na segunda-feira (04/03) a quarta sessão de negociações para encontrar uma saída para a crise que o país está atravessando. A Aliança Cívica pediu ao governo que respeite o calendário previsto das negociações para depois passar aos acordos concretos. Por enquanto, o governo e a Aliança concordaram em apenas 9 dos 12 pontos discutidos, todos relativos a aspectos formais. Os que estão sendo analisados são questões importantes como a libertação dos prisioneiros políticos e a liberdade de imprensa.
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