Seca sem precedentes agrava fome na Coreia do Norte
As precipitações pluviométricas na Coréia do Norte atingiram nos primeiros meses de 2019 os níveis mais baixos em mais de 100 anos, revelou nesta sexta-feira a mídia estatal, o que aumenta o temor de que a atual seca piore agrave ainda mais a escassez de alimentos, que afeta a população do país. De janeiro a 15 de maio, as precipitações de chuva (ou neve) foram de apenas 56,3 milímetros.
Os peritos meteorológicos do jornal do Partido, Rodong Sinmun, preveem que "a chuva cairá duas vezes até o final de maio, devido à baixa pressão na região norte"; mas não deverá chover “o suficiente para superar a seca". "Essas condições climáticas provavelmente continuarão até o começo de junho", concluem.
Os meios de comunicação norte-coreanos destacaram as crescentes preocupações com a falta de chuva, pedindo esforços para combater o fenômeno e minimizar seu impacto negativo, especialmente na produção de cereais e nas colheitas de modo geral.
Depois de uma visita à Coréia do Norte no início deste mês, o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), informaram que a produção agrícola do ano passado no país tocou o nível mais baixo desde 2008. Cerca de 10 milhões de pessoas, ou cerca de 40% da população, precisam urgentemente de comida.
A Coréia do Sul está elaborando planos para fornecer assistência alimentar a Pyongyang, para conter a emergência e manter vivas as negociações paralisadas, apesar dos recentes testes com mísseis realizados pelos norte-coreanos.
(Ag. Asia News)
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