16 migrantes sobreviveram, salvos por um pesqueiro 16 migrantes sobreviveram, salvos por um pesqueiro 

Mais 70 mortos no Mediterrâneo. O testemunho de um frei brasileiro

Desde o início de 2019, mais de 400 migrantes perderam a vida na travessia da África para a Europa. Frei Patrick Roberto trabalha no sul da Itália em contato com africanos que trabalham na agricultura em condições desumanas.

Cidade do Vaticano

Pelo menos 70 migrantes morreram afogados ontem devido ao naufrágio de uma embarcação em águas internacionais, a 40 milhas da cidade de Sfax, na Tunísia. Até o momento dezesseis sobreviventes foram resgatados por barcos de pesca locais na área. Os migrantes de origem subsaariana partiram da Líbia e o número de vítimas poderá aumentar, como relatado pela Marinha tunisina que está realizando as operações de salvamento.

O Centro Astalli, ligado à Companhia de Jesus, recebe com profunda tristeza a enésima tragédia de pessoas inocentes no mar:

“Já vítimas de políticas injustas em seus países de origem, de violência e abuso durante a viagem, são também vítimas do egoísmo dos governos europeus que persistem em atitudes de fechamento”

“O tráfico de seres humanos, as graves violações dos direitos humanos e as guerras são causas da migração para a Europa. Estes flagelos devem ser combatidos com o reforço da cooperação para o desenvolvimento, com uma intensa atividade diplomática destinada a restabelecer e manter a paz e com a ativação imediata de políticas de ingresso legal e seguro para aqueles que legitimamente pedem para entrar no continente europeu”, conclui a nota divulgada à imprensa..

Um religioso brasileiro, Frei Patrick Roberto de Souza OFM, natural de Uberlândia (MG) e membro da Custódia Franciscana Sagrado Coração, está na Itália há 1 ano e 3 meses e atualmente realiza trabalho de mapeamento da migração na Campania, sul do país. A esta região, são levados migrantes provenientes principalmente do norte da África para trabalharem na agricultura, em regime de semiescravidão.

Neste testemunho, concedido a Raimundo Lima, Frei Patrick nos fala de sua missão e dos riscos que correm estas pessoas, indocumentadas e vulneráveis.

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11 maio 2019, 15:47