Ataque em uma escola na Nigéria: centenas de menores desaparecidos
Fausta Speranza – Vatican News
Segundo testemunhos locais, pelo menos 400 menores foram raptados pelo comando armado que atacou o Instituto de Ciência do Governo em Kankara na sexta-feira, 11 de dezembro, à noite. Trata-se de uma localidade do Estado de Katsina, de onde o presidente nigeriano é originário. O porta-voz da polícia federal confirmou o ocorrido explicando que a equipe de segurança da escola repeliu alguns dos atacantes antes da chegada da polícia e depois se engajou em uma batalha armada. Alguns agentes conseguiram ajudar alguns dos estudantes a escapar. Cerca de 200 conseguiram escapar, mas no Instituto havia pelo menos 800 alunos portanto ainda não se sabe quantos realmente caíram nas mãos dos criminosos. Trata-se de menores entre 12-16 anos. Segundo as agências de notícias desta segunda-feira, (14/12) estão desaparecidos 333 alunos. Muitos deles escaparam para dentro da floresta.
O ataque à cidade
De acordo com relatos iniciais, um grupo de homens armados começou a atirar em moradores da cidade de Kankara e várias pessoas ficaram feridas durante o confronto que durou pelo menos uma hora. Pouco tempo depois, a atenção dos criminosos foi para a escola. Homens do exército estão patrulhando a área e as forças aéreas estão apoiando na busca. O Presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, estava visitando o Estado Federal de Katsina justamente nestes dias. Seu discurso à nação que estava programado foi suspenso.
Nenhuma reivindicação
A polícia fala de uma "operação terrorista" e, portanto, mantém a confidencialidade sobre alguns pontos pouco claros na reconstrução da dinâmica. E, ao contrário de outras vezes em que os jihadistas de Boko Haram foram imediatamente indicados como os culpados, desta vez nenhum grupo criminoso em particular foi nomeado.
Há mais de 10 anos, que a Nigéria vem enfrentando uma grave crise de segurança devido principalmente à ameaça jihadista e ao banditismo. Na sexta-feira, o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI), Fatou Bensouda, anunciou uma extensa investigação sobre "crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante o conflito com Boko Haram".
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