Nigéria: Boko Haram reivindica o ataque à escola de Katsima
Vatican News
O grupo jihadista Boko Haram reivindicou o sequestro de centenas de estudantes do ensino médio da escola no Estado de Katsina, noroeste da Nigéria. O anúncio foi dado pelo próprio líder Abubakar Shekau. Portanto, mais uma vez um ataque de matriz terrorista por trás da agressão armada à escola rural de Kankara. São os mesmos responsáveis pelo sequestro, em 2014 em Chibok, de 276 meninas de uma escola secundária, um ato que causou uma onda de indignação internacional.
Mudança geográfica da atividade jihadista
A reivindicação atual é interpretada como um sinal de uma mudança geográfica na atividade jihadista na região. Boko Haram opera normalmente no nordeste, ao redor do Lago Chade. O governador do Estado de Katsina anunciou que havia interrogado homens armados responsáveis pelo sequestro. "Estamos fazendo progressos e as perspectivas são positivas", disse ele, sem dar detalhes de nenhum pedido de resgate. Os militares nigerianos identificaram a localização geográfica dos menores. Segundo um porta-voz do presidente Muhammadu Buhari da Nigéria, o exército cercou a área onde se escondem os homens que supostamente mantêm dezenas de meninos como reféns em troca de resgate. O governador local Masari, disse que "muitos continuam a sair da floresta". Acredita-se que a maioria dos estudantes desaparecidos tenha entre 12 e 16 anos de idade.
O ataque
Na última sexta-feira (11) homens armados depois de uma hora de confronto armado com a população do vilarejo de Kankara dirigiram-se para o Instituto de Ciências do governo, uma escola de ensino médio. No ataque cerca de 200 alunos conseguiram escapar, mas naquele momento havia pelo menos 800 alunos no local, portanto ainda não se sabe quantos realmente caíram nas mãos dos criminosos. Segundo as agências de notícias estão desaparecidos 333 alunos. Muitos deles escaparam para dentro da floresta.
Reações
O Presidente Buhari da Nigéria chamou os sequestradores de "covardes" e prometeu reforçar a segurança nas escolas. Enquanto isso, o Secretário Geral da ONU, Antonio Guterres, também condenou os sequestradores e a UNICEF exigiu a "libertação incondicional de todas as crianças".
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