Biden: só a fraternidade constrói um mundo melhor

Gabriella Ceraso – Vatican News

É necessário uma "cooperação global" entre pessoas de todas as origens, culturas e crenças para enfrentar os grandes desafios de hoje: a crise econômica, a pandemia da Covid-19 e o aumento da violência em todo o mundo. Ninguém pode resolver sozinho, seja nação ou grupo de pessoas. Este é o pensamento central da carta do presidente americano Joe Biden a todos os que celebram hoje o 2° Dia Internacional da Fraternidade Humana das Nações Unidas sobre o tema "Debaixo do mesmo céu", e que tem seu foco principal nas celebrações desta sexta-feira (04) em Dubai.

Um diálogo aberto que promove a tolerância

Durante séculos - é a reflexão do presidente americano - uma mentalidade estreita baseada na prepotência segundo a qual "para que uma pessoa tenha sucesso, outra deve falhar; se uma pessoa for adiante, outra deve ficar para trás", tem sido a causa de conflitos, violência, perseguição e abuso. Em vez disso, o mundo de hoje exige, aponta Biden, "falar uns com os outros em diálogo aberto, para promover a tolerância, a inclusão e a compreensão". Os grandes desafios da modernidade exigem que sejamos "de mente aberta, cooperativos e empáticos e que asseguremos que todas as pessoas sejam tratadas com dignidade e como participantes integrados da sociedade".

A fraternidade é "o amor recíproco"

Baseando-se na fé, um "farol de esperança" em sua vida pessoal, Biden abordou o significado próprio do Dia da Fraternidade Humana, que se enraíza na "regra do amor recíproco" comum a diferentes tradições religiosas, assim como no serviço e na proteção dos mais vulneráveis. “Juntos", conclui, "temos uma oportunidade real de construir um mundo melhor que sustente os direitos humanos universais, e eleve todo ser humano e promova a paz e a segurança para todos".

Agradecimento do Comitê que pede um movimento global para promover a fraternidade

Por sua vez, o Juiz Mohamed Abdelsalam, secretário geral do Comitê Superior da Fraternidade Humana, (Higher Committee of Human Fraternity) agradeceu a Biden por sua participação neste Dia, que marca um momento histórico na história da humanidade. O presidente do Comitê, Cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot, presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, disse: "O Dia Internacional da Fraternidade Humana é uma oportunidade para promover um sentido de responsabilidade para com os pobres, os vulneráveis, os desabrigados e os oprimidos. Espero que a fraternidade humana se torne um movimento global para promover valores morais compartilhados por todas as pessoas de todas as classes sociais". Em nome do Comitê Superior da Fraternidade Humana, apreciamos a declaração do Presidente Biden neste importante dia".

O Comitê - com sede na capital dos Emirados Árabes Unidos, Abu Dhabi - é apoiado pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar Ahmed Al-Tayeby, sob o patrocínio do Xeque Mohamed bin Zayed Al Nahyan, Príncipe Herdeiro de Abu Dhabi e patrono da fraternidade humana.