Biden acusa a Rússia de genocídio na Ucrânia
Francesca Sabatinelli – Vatican News
As negociações estão paradas, em um "beco sem saída", por culpa da Ucrânia. É assim que o presidente russo ataca Kiev, responsável, de acordo com Vladimir Putin, pelo bloqueio das negociações. Portanto, a guerra continuará, anuncia ele, para a conquista de todo o Donbass para proteger a população de língua russa. Nesse meio tempo, Mariupol forneceu o primeiro balanço de mortos desde o final de fevereiro. Fala-se de pelo menos vinte mil, muitos dos quais são provavelmente vítimas, de acordo com reportagens da mídia nas últimas 24 horas, de armas químicas utilizadas pelas forças russas. Este é um balanço que preocupa a OPAC, a Organização para a Proibição de Armas Químicas, cuja veracidade, no entanto, ainda não foi apurada. O próprio presidente ucraniano Volodymyr Zelensky admitiu que atualmente é impossível realizar uma investigação completa sobre a eventual substância utilizada na cidade. O número de crianças mortas desde o início da invasão russa subiu para 190, com cerca de 350 crianças feridas. Em Bucha e outros subúrbios da capital ocupada pelos russos, segundo o Ministério do Interior ucraniano, seriam mais de 700 mortos e cerca de 200 desaparecidos.
Biden e a acusação de genocídio
O presidente estadunidense Joe Biden, pela primeira vez, acusou Putin de genocídio, uma definição não compartilhada por aqueles que, como o presidente francês Emmanuel Macron, acreditam "que a escalada das palavras" não pode servir à causa. Enquanto isso, os ucranianos declararam para hoje o bloqueio dos corredores humanitários devido à situação perigosa, acusando os russos de violar os acordos para tirar civis das zonas de conflito. Kiev também fez propostas à Rússia, como o troca entre o oligarca russo Medvedchuk, considerado próximo ao presidente russo, e os ucranianos feitos prisioneiros pelas forças russas. Medvedchuk, deputado e líder da oposição pró-russa, e considerado o "traidor número um" de Kiev, foi preso em uma operação pela inteligência ucraniana. Dos Estados Unidos, entretanto, vem a notícia de que a administração Biden anunciará nas próximas horas mais 750 milhões de dólares em ajudas militares, em breve à disposição da Ucrânia.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui