ONU. Humanidade enfrenta ‘espiral de autodestruição’
Vatican News
Nem tudo está perdido, mas é preciso agir rapidamente e antes de 2030. O aquecimento global está aumentando mais rapidamente do que o esperado e a ONU mais uma vez volta a pedir uma ação maciça e concreta para reduzir as causas do impacto climático de nosso planeta.
O ponto de não retorno
O risco é de não poder voltar atrás. Mais uma vez, as Nações Unidas estão advertindo as instituições nacionais e internacionais sobre a probabilidade muito alta, senão certa, de um aumento na frequência de desastres ambientais, de 5 para 14 vezes, com consequências que não podem mais ser detidas. Parar este "espiral de autodestruição" é a única saída, adverte a ONU, enquanto que de acordo com o relatório anual do Global Energy Monitor, publicado na semana passada, o mundo ainda tem planos de construir ou expandir usinas elétricas a carvão em 34 países diferentes, especialmente na China.
No novo relatório publicado nesta terça-feira (26), o Escritório das Nações Unidas para a Redução dos Riscos de Catástrofes revela que entre 350 e 500 catástrofes de média e alta magnitude ocorreram a cada ano nas últimas décadas. O custo destas catástrofes alcançou, em média, cerca de 170 bilhões de dólares ao ano na última década. O número de catástrofes, inclusive episódios de seca, temperaturas extremas e inundações, deveria aumentar para 560 a cada ano, ou seja, 1,5 ao dia, até 2030, pondo em risco as vidas de milhões de pessoas. Em 2015, foram registradas 400. "O mundo deve fazer mais para integrar o risco de catástrofe na nossa forma de viver, construir e investir", ressaltou a vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, na apresentação do relatório.
Agora ou nunca
Entre os apelos mais urgentes da ONU, os do ano passado e de 4 de abril deste ano, alertaram sobre o perigo de um desastre climático irreversível devido aos gases de efeito estufa. Nos dois relatórios, o Grupo Intergovernamental sobre Mudança Climática (IGCC) da ONU disse que, para limitar o aquecimento global - como definido pelo Acordo de Paris - é preciso agir "agora ou nunca". Caso contrário, não seria mais possível reduzir o aumento da temperatura a menos de 1,5°C em comparação com os níveis pré-industriais. Isto significa que, por mais curto que seja, ainda há tempo para uma transição ecológica.
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