Ucrânia: Mariupol resiste. A ONU pede uma trégua, mas retorna o risco nuclear
Giancarlo La Vella – Vatican News
Às 13h de ontem, quarta-feira, a hora H para o destino de Mariupol, centro nevrálgico no plano estratégico da Rússia. Rendição total em troca de segurança, estas eram as condições de Moscou. Mas da siderúrgica Azvostal, 11 quilômetros quadrados que se tornaram uma espécie de fortaleza ucraniana no Donbass, a mensagem foi igualmente categórica: resistência até o fim. E há a preocupação com as iniciativas que as forças russas poderão tomar nas próximas horas.
Tréguas e negociações
Uma situação que não impediu os contendores de propor uma saída para a crise. Enquanto espera por novas conversações, a Rússia pede a Kiev que reconheça a soberania de Moscou sobre a Crimeia e a independência das repúblicas de Donbass, Donetsk e Luhansk, enquanto o outro lado propõe negociações especiais para Mariupol.
Enquanto isso, em um telefonema com o arcebispo de Kiev, Schevchuk, o secretário geral da ONU, Guterres, além dos corredores humanitários, anunciou o pedido de trégua por ocasião da próxima Páscoa, para as Igrejas que seguem o calendário juliano. A iniciativa foi apoiada pelo Conselho Pan-Ucraniano de Igrejas. E há a confirmação de que nesta quarta-feira quatro ônibus conseguiram sair de Mariupol pelo corredor humanitário local.
A ameaça nuclear
Volta a preocupar a ameaça nuclear, ou seja, o fato de que este conflito possa se agravar com o uso de armas não convencionais. Nesta quarta-feira Moscou realizou uma demonstração de força, testando um novo míssil intercontinental capaz de transportar ogivas nucleares. Nas intenções da Rússia, a experiência é rotineira e não pretende ser uma ameaça. Deve, no entanto, fazer o Ocidente perceber o potencial de defesa que a Rússia possui. Diante de tudo isso, há receios de que a guerra possa continuar por muito tempo. O presidente ucraniano, Volodomyr Zelenski, em suas coletivas diárias, continua a pedir ao Ocidente suprimentos militares e armas para combater mais efetivamente o avanço russo. A este respeito, o presidente estadunidense, Joe Biden, assegurou que as armas e munições chegarão diariamente à Ucrânia. Iniciativas semelhantes foram tomadas pelo Reino Unido e pelo Canadá.
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